Hospital de Esperança pode ser 'encampado' pelo Estado, diz Paiva

Enfrentando sérios problemas financeiros nos últimos meses, o Hospital de Esperança (HE, antigo Hospital do Câncer) de Presidente Prudente pode ser 'encampado' pelo Governo do Estado de São Paulo, como ocorreu com o antigo Hospital Universitário (HU), atual Hospital Regional (HR).

A afirmação foi realizada pelo secretário estadual de Saúde, Dr. Eleuses Paiva, durante visita ao município na tarde desta segunda-feira (27). Segundo ele, uma equipe técnica da Pasta será enviada para Prudente visando realizar um levantamento completo sobre o HE. “Nós temos que arranjar uma maneira para que a gente consiga resolver o problema de uma forma perene e eu espero que a gente consiga”, disse, em entrevista coletiva.

"O encampamento é uma possibilidade, como existem outras possibilidades. Por isso que serão enviados técnicos. Saberemos qual melhor caminho após esse estudo", cravou.

Repasse concretizado

No gabinete do Paço Municipal, Paiva anunciou que o repasse dos R$ 5 milhões ao Hospital de Esperança, que enfrentava um impasse jurídico na transferência do recurso, foi solucionado.

Conforme ele, a verba deve ser enviada ainda nesta semana e repassada por meio da Santa Casa de Misericórdia. “Por se tratar de um atendimento de alta complexidade, houve um entrave jurídico no repasse pelo município. O envio via Santa Casa, que já é parceira do Hospital de Esperança, foi a maneira mais rápida e sem burocracias”, explicou.

Dengue

Em relação ao estouro de casos de dengue, Paiva alertou que os municípios precisam conscientizar a população. “85% dos criadouros estão dentro das residências”.

Ainda explicou sobre a falta do inseticida para a nebulização, que está em falta a nível nacional. “Contatei a Ministra da Saúde [Nísia Verônica Trindade Lima], que sinalizou a compra pelo Governo Federal. Assim que o Estado receber, enviaremos para os municípios, assim como fazemos com a vacina, porém, a nebulização não é garantia, é uma ação paliativa que tem eficácia por um ou dois dias. Conscientizar a sociedade é a solução”, adiantou.