Prefeitura ainda aguarda verba para concluir única etapa prevista
ROGÉRIO MATIVE
Em 23/06/2018 às 11:01
Ideia era transformar o Centro Olímpico em complexo poliesportivo de alto nível, com ginásio de esportes, piscina olímpica e tanque de salto ornamentais
(Foto: Arquivo)
Era para ser um dos maiores canteiros de obras dos últimos anos em Presidente Prudente. Porém, os trabalhos no Centro Olímpico seguem a passos curtos e a previsão de reabrir as piscinas foi pulverizada pela Prefeitura, que agora aguarda a liberação de recursos para concluir a primeira e única etapa de um projeto orçado inicialmente em R$ 35 milhões.
Iniciado em 2009, o sonho de reformar e ampliar a maior praça esportiva da cidade teve início com a destinação de emendas parlamentares. O total girava em R$ 35 milhões. Diante dos números, a Prefeitura desenvolveu um projeto para a execução das obras em várias etapas. Mas, após nove anos, apenas um contrato está em vigor e longe de ser finalizado.
De agosto de 2017 até este mês, a obra caminhou apenas 5%, de acordo com dados repassados pela Secretaria Municipal de Comunicação (Secom). Atualmente, 75% das obras desta etapa foram concluídas e se concentram nas piscinas.
A meta era reabrir o local para as aulas de natação e atendimento ao público no fim do ano passado. Contudo, a Prefeitura alega necessitar da liberação de R$ 1,3 milhão para apresentar novo cronograma. "As obras estão 75% concluídas, sendo que as piscinas de biribol, piscina redonda e a [piscina] de pessoas portadoras de deficiência estão terminadas. Atualmente, está sendo executado o assentamento das pedras em volta da área das piscinas", informa, em resposta ao Portal.
"Quanto ao término de toda a obra, não há como informar, pois ainda restam mais de R$ 1,3 milhão de para serem liberados pelo Governo Federal", adianta a Prefeitura.
Nesta etapa, a verba federal é de R$ 5.850.000,00, sendo que a Prefeitura arca com R$ 1.266.886,20 como contrapartida municipal. "Os repasses que eram de responsabilidade do município já foram liberados totalmente no início da obra", assinala.
Do valor de repasse, o Ministério do Esporte já aportou cerca de R$ 4,5 milhões. Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF), responsável em liberar os recursos, o contrato existente é de R$ 7.116.886,20, contemplando as obras que já estão sendo realizadas desde 2011. O valor é liberado de acordo com o percentual de execução da obra.
Projetado para ser entregue totalmente reformado em 2014, o Centro Olímpico sofreu com atrasos devido a saída de construtora, abertura de nova licitação e travamento de verbas repassadas pelo Governo Federal, atingido por crises econômicas e troca de presidente. "Vale lembrar que houve atraso na obra por falta de liberação de recurso do governo federal", conclui.
O que era previsto
A ideia inicial era transformar o Centro Olímpico em complexo poliesportivo de alto nível, com ginásio de esportes, piscina olímpica e tanque de salto ornamentais cobertos e com vidros nas laterais, salão de uso múltiplo, novo piso na pista de atletismo, alojamentos, centro de fisioterapia e nova sede administrativa da Secretaria Municipal de Esportes, entre outras benfeitorias.
Demanda e custos
Sem contabilizar todas as modalidades que dependem do Centro Olímpico, a Secretaria Municipal de Esportes (Semepp) realiza 1.450 atendimentos mensais referentes a aulas de natação, que atualmente são realizados em parcerias com clubes privados da cidade, gerando um custo de R$ 170 mil por ano aos cofres da Prefeitura.
Quase quarentinha
O Centro Olímpico foi inaugurado em 1980 pelo então prefeito Paulo Constantino, quando a cidade sediou pela primeira vez uma edição dos Jogos Abertos do Interior.
