Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Onda de calor pode aumentar consumo de energia sem mudanças de comportamento

Da Redação

Em 30/09/2024 às 18:18

Calor elevado por períodos longos pode causar um salto no consumo de equipamentos de refrigeração e climatização

(Foto: Arquivo)

As condições climáticas atuais, como a onda de calor que ocorre em diversos estados brasileiros, impactam diretamente o comportamento do consumidor. Neste sentido, há medidas que as pessoas podem adotar para evitar o aumento do consumo de energia e, por consequência, diminuir o peso do valor da conta de luz.

O aumento das temperaturas e a permanência do calor elevado por períodos longos podem causar um salto no consumo de equipamentos de refrigeração e climatização. Por isso, uma dica diante de ondas de calor é manter o ar-condicionado em uma temperatura padrão, de 23ºC, mesmo que o calor esteja muito intenso. 

“O motivo é que, quanto mais a pessoa reduzir a temperatura do aparelho, maior será o consumo de energia. Para se ter ideia, há estudos que mostram que o consumo é elevado em 7% a cada grau diminuído no ar-condicionado. Então, por exemplo, se o ar vai ficar ligado em 17ºC direto, o consumo de energia pode ter um impacto de até 35%”, explica Thiago Peres de Oliveira, coordenador de Eficiência Energética do Grupo Energisa.

Além disso, o coordenador ressalta a importância de manter os filtros do ar-condicionado sempre limpos, pois, sem a devida manutenção, o consumo de energia pode ter até 15% de aumento.

“No caso do ar-condicionado (aparelho de climatização), a recomendação nesses períodos extremos é acionar o mínimo possível. Uma opção é mantê-lo ligado até o quarto ficar gelado, com o ambiente totalmente fechado, e depois usar um ventilador, que consome menos energia, e vai manter a circulação do ar previamente refrigerado”, orienta o coordenador. 

Vale lembrar que aparelhos de refrigeração e climatização trocam calor com o ambiente externo. Então, para manter a temperatura, eles trabalham mais. “Por isso, é preciso uma ação mais forte do consumidor para evitar gastos elevados em condições do tempo mais extremas, como está ocorrendo agora”, acrescenta. 

Uma recomendação é que o consumidor prefira comprar equipamentos com selo Procel classe A, pois são mais eficientes – ainda que o valor de alguns desses equipamentos seja um pouco mais elevado que aqueles que são menos eficientes, a longo prazo, o cliente irá compensar o gasto inicial com a economia na conta de energia, garantida por um equipamento mais eficiente. 

Outras mudanças básicas de comportamentos podem ajudar no fim do mês, como:

Conservação do café quente. Em vez de mantê-lo aquecido dentro da cafeteira elétrica, com ela ligada, transfira o café para uma garrafa térmica e desligue a cafeteira.

No caso da geladeira, um teste com uma folha de papel ajuda a identificar se o aparelho está funcionando bem ou se está gastando energia a mais. Feche a porta da geladeira com uma folha de papel. Se o papel deslizar facilmente, a borracha precisa ser trocada. Caso contrário, o equipamento está funcionando bem.

Em tempos de altas temperaturas, não coloque panelas quentes dentro do refrigerador – isto não vai estragar o equipamento, mas com certeza vai fazê-lo consumir mais energia e vai impactar o valor final da conta. 

Por fim, as ondas de calor podem afetar diretamente instalações elétricas antigas e mal dimensionadas, uma vez que o calor excessivo pode provocar um superaquecimento nos fios, elevando o risco de incêndios residenciais. 

“Por isso, os consumidores devem fazer a revisão das instalações elétricas e avaliar o dimensionamento, inclusive em casos de aquisição de novos equipamentos domésticos que podem afetar a demanda de carga daquela residência”, alerta Thiago. 

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