Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Com 'fim' de aterros, setor privado acelera investimentos na região

Da Redação

Em 29/03/2021 às 09:19

Complexo para recebimento de resíduos é construído em área de 51 alqueires em Caiabu

(Foto: Cedida/AI)

Na região do Oeste Paulista, alguns aterros controlados seguem com suas atividades. Contudo, o prazo para o encerramento de recebimento de resíduos sólidos está terminando para alguns municípios. É o caso de Presidente Prudente, que deve finalizar os trabalhos do seu vazadouro ainda este ano.

Sem avanço em relação às tratativas entre municípios que formaram consórcios visando novas formas de recebimento de resíduos, o setor privado aposta em um grande nicho a ser explorado na região do Oeste Paulista.

Situação atual

De acordo com dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), outras duas cidades têm menos de dois anos para encontrarem novas formas de recebimento de resíduos.

Em seu último relatório produzido no ano de 2019, o órgão aponta ainda condições ambientais desfavoráveis no aterro de Presidente Venceslau, além de problemas nas estações municipais de transbordo de resíduos urbanos de Lucélia, Santa Mercedes, Martinópolis, Adamantina, Pirapozinho, Sandovalina e Álvares Machado.

Além da preocupação sobre a destinação final correta, a aceleração das atividades industriais e o crescimento populacional tem gerado aumento considerável na produção de resíduos.

Com isso, a necessidade de desenvolvimento sustentável é discutida cada vez mais visando o gerenciamento criterioso desses resíduos para o controle e prevenção da poluição despejada no meio ambiente.

Saída apresentada

Diante do impasse em relação ao fim do prazo das atividades de aterros controlados e das incertezas em relação aos consórcios intermunicipais de encontrarem locais apropriados e levantar recursos necessários, além de licenças obrigatórias, uma empresa privada está investindo na construção de um complexo industrial de recebimento de resíduos na cidade de Caiabu, 20 quilômetros de Prudente.

Com uma área de 51 alqueires, a Transforma Energia promete entregar um dos mais modernos empreedimentos do setor, com foco principal na recuperação energética e sustentabilidade por meio do processamento, reaproveitamento, reciclagem e destinação final de rejeitos.

“O grande diferencial é ser a primeira empresa brasileira a desenvolver um projeto que atende 100% do novo marco regulatório de tratamento e destinação final de resíduos”, destaca o diretor-presidente da empresa, Felipe Barroso.

Segundo ele, as plantas industriais prometem minimizar os impactos gerados ao meio ambiente. “Sem emissão de gases de efeito estufa ou a produção de chorume, que seria um potencial contaminante dos lençol freático. Essa é a nossa proposta”, garante.

A empresa trabalhará em três frentes: construção civil, grandes volumes e resíduos sólidos urbanos. "Com isso, abrindo a possibilidade de atender diversos segmentos – públicos ou privados – ao mesmo tempo", cita.

Barroso sustenta que é a alternativa mais econômica para destinação final dos rejeitos de dezenas de municípios e indústrias situados em um raio de 60 km ao listar 80 frigoríficos, 400 movelarias, 170 construtoras, indústrias de transformação, entre outros empreendimentos que são vistos como clientes em potencial.

“Veja um exemplo prático: os aterros convencionais estão a cerca de 80 km do raio de atuação. Imagina o caso de Presidente Prudente, caso tenha que fazer esse deslocamento para a destinação de seus resíduos. Isso encarece demais a operação”, exemplifica.

Em números

De acordo com o representante da empresa, a Planta de Resíduos da Construção Civil – (RCC) terá a capacidade de processar 75 toneladas por hora de demolições, reformas e outros projetos desse segmento como: tijolos, telhas, blocos, argamassa, ferros e itens de cerâmica.

Já na Planta de Resíduos de Grandes Volumes – (RGV), serão processadas 20 toneladas de resíduos por hora, entre armários, camas, sofás, portas, mesas, cadeiras, berços, etc.

Por último, a Planta de Resíduos Sólidos Urbanos – (RSU) terá a capacidade de recepção de 500 toneladas por dia de resíduo doméstico urbano produzido dentro de nossas casas, escritórios, etc. (Colaborou Assessoria de Imprensa)

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