Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Drones são empregados em reflorestamento na região de Prudente

Da Redação

Em 22/02/2025 às 10:15

Por meio da técnica de ‘muvuca’, companhia lançou o equivalente a 11 milhões de sementes nativas da Mata Atlântica

(Foto: Cedida/AI)

Na região da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta (UHE Porto Primavera), em Rosana, foi adotado o uso de drones para auxiliar nas ações de restauração ambiental. A iniciativa visa contribuir com as ações de reflorestamento em locais de difícil acesso.

Ela foi empregada pela primeira vez no fim do ano passado, quando a companhia contratou  drone adaptado para a dispersão de cerca de 200 quilos de sementes na região da Lagoa São Paulo, em Presidente Epitácio. O volume equivale a cerca de 11 milhões de sementes de mais de 100 espécies arbóreas nativas – muitas delas ameaçadas de extinção.
 
De acordo com Odemberg Veronez, gerente de Sustentabilidade da companhia, a técnica de muvuca consiste no preparo de um mix de sementes de diferentes espécies nativas, que, aliada ao uso de tecnologias como a de drones, permitem acelerar o processo de restauração ambiental principalmente em regiões em que o plantio de mudas é restrito. 

“A adoção de drones em nossas ações reforçam o compromisso da companhia com o desenvolvimento sustentável e conservação das nossas florestas e recursos naturais. O equipamento vem para contribuir com as nossas ações de reflorestamento e restauração ambiental na região e está alinhada ao compromisso voluntário da companhia de restaurar 1.000 hectares de Mata Atlântica até 2030”, ressalta.
 
Com capacidade média de 50 quilos por viagem, o drone utilizado na ação foi locado de uma empresa agrícola e adaptado para sementes de árvores silvestres. As sementes que compõem o mix foram coletadas nos Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) – bosques de espécies nativas utilizadas para a produção de mudas do Horto Florestal da companhia - e em áreas de proteção mapeadas. 

As espécies foram selecionadas conforme as características da região, visando gerar equilíbrio ambiental. Além das espécies nativas, foram adicionadas a esse mix sementes de feijão-guandu-anão com o objetivo de promover proteção à área, propiciando sombreamento e criação de um microclima favorável para a germinação e estabelecimento das espécies.
 
Os resultados obtidos pelo emprego da técnica superaram as expectativas e deve ser empregada em outras ações de reflorestamento na área de influência da UHE Porto Primavera, que incluem oeste paulista e leste sul-mato-groessense.
 
Paralelamente à dispersão de sementes por drones, a ação de reflorestamento na região da Lagoa São Paulo contou ainda com o plantio direto de mudas, totalizando 227 hectares reflorestados no ano passado. Ao todo, foram plantadas mais de 55,8 mil mudas de espécies nativas na região, distribuídas em 69 espécies e 25 famílias botânicas.
 
“Estas ações de reflorestamento envolvem diversas frentes de trabalho. Além do plantio direto de mudas e a técnicas como a da muvuca, são adotadas medidas para reforçar a proteção dessas áreas, que incluem construção de aceiros e reforço nos cercamentos, instalação de estruturas para facilitar o aporte de sementes por aves, etc. É um trabalho bastante minucioso, que envolve muito estudo, dedicação e trabalho árduo, mas igualmente necessário e urgente, cujos frutos serão colhidos pelas próximas gerações”, completa Veronez.

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