Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Método contra formigas cortadeiras ajuda a recuperar Mata Atlântica na região

Da Redação

Em 14/05/2025 às 14:14

Treinamentos com especialista contribuem com orientação de aplicação de produto mais barato e de menor impacto ambiental

(Foto: Cedida/AI)

Treinamentos desenvolvidos por uma professora da Unoeste, no Pontal do Paranapanema, ajudaram a aplicar um método eficaz para que o Projeto AR Corredores de Vida (Carbono) – que foca na geração de créditos de carbono – combatesse uma dificuldade desse trabalho: as formigas cortadeiras, que podem dificultar a restauração da Mata Atlântica.

A missão foi confiada à especialista professora doutora Vânia Maria Ramos, cuja atuação tem ênfase em entomologia agrícola, principalmente nos temas formigas cortadeiras, insetos sociais, inseticidas botânicos, entomologia agrícola e manejo de pragas. Ela é engenheira agrônoma com mestrado e doutorado em Agronomia, na área de concentração de entomologia, que estuda os insetos e os controles deles. É professora do curso de Agronomia na Faculdade de Ciências Agrárias, na Unoeste.

A especialista recomendou como método a aplicação de iscas tóxicas, por ser eficiente, prático e com menor impacto ambiental. Os produtos foram formulados com o ingrediente ativo sulfluramida, altamente indicado pela eficiência no controle dos ninhos das formigas.

No final do primeiro semestre do ano passado, foi dado o primeiro treinamento. Os resultados foram bons e como nem todos trabalhadores puderem participar, recentemente foi realizado o segundo treinamento.

Em votação do no final de 2024, os próprios trabalhadores do projeto, junto aos gestores, elegeram os melhores treinamentos do ano, no aspecto de melhor proveito e mais resultados. Entre eles, estava o de combate às formigas cortadeiras.

Projeto de restauração

O Projeto AR Corredores de Vida (Carbono) busca contribuir com a conversão de 75 mil hectares de áreas de passivos ambientais em propriedades privadas em áreas restauradas, com cerca de 150 milhões de novas mudas de árvores.

Iniciado em 2021, ele ocorre em parceria do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e Biofílica Ambipar Environment. As áreas prioritárias para restauração foram identificadas pelo Mapa dos Sonhos/IPÊ.

Abrangência territorial

Inicialmente, o projeto atua em sete municípios do extremo oeste paulista: Euclides da Cunha Paulista, Marabá Paulista, Mirante do Paranapanema, Presidente Epitácio, Rosana, Sandovalina e Teodoro Sampaio. Tem ampliação prevista para mais 23, incluindo Presidente Prudente.

A expectativa é atrair empresas interessadas na geração de créditos de carbono. A restauração ocorre por meio do plantio de mudas, enriquecimento ou condução da regeneração - muitas vezes prejudicados ou inviabilizados pelas formigas cortadeiras.

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