Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Parceria discute conceito de gestão ambiental na região de PP

Da Redação

Em 22/06/2021 às 10:22

Professor Cezar Leal aponta a necessidade de ofertar tratamento para vários tipos de resíduos

(Foto: Cedida/AI)

Uma nova cultura de gestão dos resíduos e de educação ambiental. O tema entrou em discussão pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente, que firmou parceria com a empresa Transforma Energia, responsável pela implantação de uma central de valorização energética de resíduos na cidade de Caiabu.

Envolvendo 12 cursos em diferentes tipos de pesquisas, a ideia é desenvolver projetos que despertem a atenção para uma nova forma de viver, produzir e consumir com sustentabilidade, ou seja, sem desperdícios e poluição ao meio ambiente.

"Nós consideramos um projeto muito importante que vai abrir muitas frentes de trabalho, de gestão ambiental para os municípios, de pesquisas e ações extensionistas junto às universidades da região e, ainda, a possibilidade de construção efetiva de uma nova cultura de gestão dos resíduos", comenta o assessor da Pró-Reitoria de Extensão Universitária e professor do Departamento de Geografia da FCT Unesp de Prudente, Antônio Cezar Leal.

Para ele, a geração de energia é um tema de “grande importância” para a humanidade diante da escassez de fontes limpas e que não causem danos ambientais. Desta forma, o reaproveitamento dos resíduos é visto como alternativa para auxiliar no suprimento da alta demanda.

"A boa gestão dos resíduos e da energia são fatores que estão presentes na empresa pelo que vimos. Através da universidade, Transforma Energia, Instituto Transforma e talvez de consórcios de municípios, a ideia é que sejam estabelecidos convênios de cooperação técnico-científica, com base em pesquisas aplicadas em vários tipos de temas relacionados a atuação da empresa", pontua.

Auxiliando na formação de profissionais

Leal destaca que a parceria vai gerar a possibilidade de estágios para os alunos da Unesp. "E isso se transforma em matéria das nossas aulas, na formação de nossos alunos de uma forma diferenciada visualizando os problemas, construindo soluções e ajudando a implementá-las", frisa.

"Penso que há muitas possibilidades, de vários cursos de todas as áreas em que a universidade trabalha, de interagir com essas instituições relacionadas com a gestão de resíduos sólidos urbanos”, complementa.

Segundo a professora do Departamento de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente, Maria Cristina Rizk, é possível desenvolver pesquisas na área de Engenharia Ambiental, Arquitetura e Urbanismo, Geografia, Física, Química e vários outros cursos que tenham integração com o meio ambiente.

"Desta forma, abrangendo questões socias, de tecnologias e pesquisas. Há inúmeras possibilidades de desenvolvimento de estudos que venham proporcionar mais avanços para essas ações que precisam ser executadas sobre resíduos", diz ela, que também é coordenadora do curso de Engenharia Ambiental da Unesp.

Ampla oferta em tratamento de resíduos

O professor Cezar Leal ressalta ainda sobre a necessidade de ofertar tratamento para vários tipos de resíduos. "Como este que está sendo feito aqui. Em busca de parcerias, a empresa sinaliza para um trabalho socioambiental e isso vai envolver melhores condições aos catadores [de recicláveis] e, de uma forma geral, as prefeituras terão uma alternativa para resolver grandes problemas relacionados aos resíduos", expõe.

Para tal, Maria Cristina Rizk defende a fomentação de pesquisas e investimento tecnológico. "É atingir os limites máximos e para isso precisa de pesquisas. É um investimento tecnológico que precisa ser colocado em ação para um ganho de desempenho ambiental nas ações que serão empregadas", aponta.

Metas ambiciosas

Quando entrar em operação, a partir de 2022, a planta de resíduos sólidos urbanos da empresa trabalhará com a margem de apenas 24% de sobra de rejeitos. "Isso quer dizer que todo o restante terá reaproveitamento e, assim, minimizando ainda mais o impacto ambiental", explica o diretor-presidente da Transforma Energia, Felipe Barroso.

“Sendo que 6% desse percentual é matéria orgânica. Se fossem enterrados 100%, metade seria de matéria orgânica. Ou seja, já conseguimos reduzir para uma margem muito pequena”, complementa. 

Maria Cristina Rizk defende a meta de reduzir ainda mais os atuais índices por meio de pesquisas aplicadas. “Há a possibilidade de melhorar ainda mais os índices. A busca é pela ecoeficiência, ou seja, a não geração de resíduos e rejeitos no máximo possível. Pensar numa redução de geração de resíduos como contaminantes e as alternativas de reutilização, reciclagem e escolhas de tratamentos efetivas para que, assim, consigam ter esse aumento de eficiência”, finaliza.

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