Da Redação
Em 05/07/2022 às 09:15
Planta, localizada na área industrial da empresa em Narandiba, já está em operação
(Foto: Cedida/AI)
Com foco nas indústrias de bebidas, a empresa Cocal lançou recentemente seu novo produto verde: o CO2 food grade (com padrão de pureza de 99,9%) produzido em Narandiba, região de Presidente Prudente.
Proveniente da fermentação do etanol e do processo de purificação do biogás, o CO2 passa por retirada de impurezas, odor e umidade e, por fim, é transformado em líquido para comercialização.
O dióxido de carbono é o gás mais comum na indústria de alimentos e bebidas. Ele é usado para adicionar carbonatação aos refrigerantes, cervejas e águas, manter os alimentos frios durante o transporte na forma de gelo seco, sendo liberado por agentes fermentadores como as leveduras.
De acordo com o diretor comercial e de novos produtos, André Gustavo Alves, o diferencial da nova planta está no tempo de oferta do produto. “Essa recuperação do gás carbônico (CO2) a partir do processo de fermentação do etanol já era um assunto conhecido entre as indústrias sucroenergéticas, mas o grande desafio ainda estava na duração da oferta, limitada pelo período da safra brasileira que começa entre março / abril e vai até o final de novembro", explica.
"O grande diferencial da nossa planta é a possibilidade de oferecer esse CO2 durante todo o ano. Isso será possível porque também vamos obtê-lo durante o nosso processo de purificação do biogás, que dá origem ao biometano. A ideia é aproveitar ao máximo todo o potencial da cana-de-açúcar", afirma o diretor.
A planta começou sua operação em junho e o primeiro contrato fechado para venda do CO2 food grade foi com uma cervejaria local do Oeste Paulista. Além da produção, a empresa oferece todos os equipamentos necessários para a distribuição e armazenamento do produto no cliente.
Safra 22/23
Para a safra 22/23 da Usina Cocal, que teve início em abril, a previsão de faturamento gira em torno de R$ 2,5 bilhões com produção estimada de: 720 mil toneladas de açúcar, 400 milhões de litros de etanol, 9 mil m³ de biometano, 505 MWh de energia elétrica, 16 mil toneladas de CO2 food grade e 6.5 mil toneladas de levedura seca.
A moagem prevista é de 8,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
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