*Jefferson Martins
Em 30/08/2018 às 19:37
As pessoas estão completamente descrentes que alguém possa mudar, de fato, o rumo do país
(Foto: Ilustração)
Parafraseando o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, nunca na história deste país a eleição para o cargo mais importante da República gerou tanta desconfiança e falta de convicção por parte do eleitorado.
As pessoas estão completamente descrentes que alguém possa mudar, de fato, o rumo do país. Tanto, que na última pesquisa encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e realizada pelo instituto MDA, 23% dos brasileiros declararam não ter escolhido um líder.
E, é neste momento, que a imprensa e os veículos de comunicação através da plataforma jornalística demonstram o seu fundamental papel na melhor apresentação possível dos concorrentes. Com a exposição de ideias, projetos e principalmente, deixar com que cada um, se apresente.
Desde segunda-feira (27), o Jornal Nacional da Rede Globo tem realizado sabatinas com os candidatos à presidência da República. Entretanto, o que se pode ver é um debate entre candidato e âncoras de telejornal.
Na primeira delas, com Ciro Gomes (PDT), uma espécie de crítica ou até mesmo ridicularizarão da forma de comunicação que o candidato escolheu para atingir o público, ao invés de buscar o detalhamento do item proposto, pois acredito eu, era esse o intuito do momento.
No segundo dia, pude acompanhar eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) comemorarem a cada alfinetada do candidato nos apresentadores como se fosse uma partida de futebol em que o time preferido marcasse um gol.
É a tal da interpretação subjetiva, em que você escuta o que quer ouvir. No fim das contas, o que era para ser um auxílio àqueles 23% de indecisos, ou aos que decidiram por “falta de opção” ter a possibilidade de reavaliar a escolha, não foi bem assim...
*Jefferson Martins é jornalista e empresário
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