Era o dia 29 de agosto de 2008. A primeira de três entrevistas que um grupo de estudantes de jornalismo da Unoeste fizeram com o radialista, professor e ex-vereador Sérgio Jorge Alves. Eu, Thiago Ferri, Bruna Bachega, Luis Fernando Tavares, Giuliano de Oliveira, devemos em muito o conteúdo de nosso Trabalho de Conclusão de Curso (Futebol Prudentino: uma história de paixão e glória) a ele.
Relembro aqui o que ficou eternizado no Corte Teórico de nossa peça. “Passes perfeitos como o do radialista e jornalista Sérgio Jorge. Durante suas entrevistas, foram 3, o amigo recém conquistado, uniformizado com a camisa do time que tanto é apaixonado, o Esporte Clube Corintians de Presidente Prudente, proporcionou aos alunos um conhecimento que poucos poderiam oferecer”.
Momentos que nos tornaram mais próximos dele. Lembranças de conquistas e felicidades. Momentos difíceis superados. E são poucos que sabem mesmo. Sérgio Jorge tinha uma memória difícil de ser superada. Quem teve a oportunidade de sentar para conversar com ele sabe disso – são pelo menos duas horas de conversa, para começar.
Na época, ele havia sofrido há poucos meses uma paralisia facial, o que dificultava sua fala. “Um esforço, muitas vezes emocionante para conseguir falar”. “Mas, mesmo com essa adversidade, seu esforço para falar daquilo que ama, o futebol, era maior e insuperável. Outro ingrediente para deixar tudo aquilo mais especial”, registramos no trabalho.
Entre nós, ficou um apelido. Eram tantas sonoras gravadas (graças a seu vasto conhecimento), que nos tornamos "íntimos" dessa grande figura. Apelido conhecido somente entre os integrantes do grupo, comparando o radialista Sérgio Jorge com o artista Sérgio Loroza.
Além disso, em 2017, quase 10 anos depois da conclusão do jornalismo, já como assessor de Comunicação da Câmara Municipal de Presidente Prudente, tive a honra e o prazer de entrevistá-lo para o programa Memória Prudentina, da TV Câmara. Quase duas horas que estão eternizadas.
Devemos muito para Sérgio Jorge Alves. Nós, integrantes do grupo de TCC (e tantos outros grupos), além de profissionais de rádio e a imprensa de Presidente Prudente e região. O esporte local também perde uma grande bandeira. Devemos todos, não somente no sentido de dívida, mas também de obrigação.
Mas tenho certeza que a resenha continua...
O papo agora é com São Jorge, padroeiro do time que tanto ama.
Segue o jogo, São Pedro!
Obrigado Sérgio. Obrigado.
“Gravando sonora de Loroza, 3, 2,1...”
*Maycon Morano é jornalista e assessor de imprensa da Câmara Municipal de Presidente Prudente