Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Câmara-PP pede que Ministério Público intervenha sobre falta de enoxaparina

Legislativo cobra Estado para fornecimento de medicamento de alto custo

Da Redação

Em 01/07/2021 às 17:26

Enoxaparina sódica é um anticoagulante injetável que serve para trombose pulmonar e trombose venosa profunda

(Foto: Maycon Morano/AI Câmara)

“Qual é a dor da picada de uma agulha?”. Com essa pergunta, o presidente da Câmara Municipal de Presidente Prudente, Demerson Dias (PSB), cobra que o Ministério Público Estadual (MPE-SP) intervenha junto ao Governo do Estado sobre a falta de fornecimento da Enoxaparina sódica – conhecida pelos nomes comerciais de Clexane ou Versa, entre outros.

Na mesma toada, o vereador Tiago Oliveira (PTB), no qual sua esposa precisou fazer uso do medicamento durante toda a gestação, também teve requerimento de sua autoria aprovado durante sessão ordinária cobrando o Estado a fornecer o medicamento de alto custo.

Em seu ofício encaminhado ao MPE-SP, Dias relatou ter recebido “inúmeras reclamações de munícipes”, além de matérias na mídia local, sobre o fato do não fornecimento deste medicamento de alto custo tão essencial na Farmácia de Alto Custo do Ambulatório Médico de Especialidades (AME).

A Enoxaparina sódica é um anticoagulante injetável que serve para trombose pulmonar e trombose venosa profunda, ambos na prevenção. O mesmo é de uso injetável muito utilizado no caso de infarto do miocárdio e evita que o sangue coagule nos vasos sanguíneos, aumentando a segurança de pacientes que fizeram cirurgias e tiveram que trocar as válvulas cardíacas.

Contudo, o que vem chamando atenção, conforme os vereadores, é que a Enoxaparina é utilizada nos casos de pós-Covid-19 e, principalmente, em gestantes com Trombofilia. “Com aplicação diária, o custo se torna elevado para a maioria das famílias brasileiras, o que não é diferente em Presidente Prudente e região. Entretanto, em que pese a urgência e necessidade deste medicamente, gestantes e pessoas acometidas de outras enfermidades, têm recebido a simples e dolorosa informação: o AME não possui o medicamente para fornecer e, muito menos, previsão de quando chegará”, alertou Demerson Dias.

“Aliás, campanhas são realizadas na internet para aqueles que receberam de forma antecipada, como é comum, e ainda o possuem em casa por um período seguro, que façam doações para outras pessoas que estão sem o fornecimento pelo Estado”, acrescentou o parlamentar.

Já Oliveira, relatou sua experiência com a esposa em requerimento aprovado na sessão ordinária do dia 21 de junho. O texto pede providências urgentes sobre a falta do medicamento, “tendo em vista o risco de dano grave e iminente, consistente em interrupção da gravidez em gestantes que necessitam deste medicamento”.

Além deles, os vereadores Douglas Kato (PTB) e Joana D'arc (PSB) também apresentaram requerimentos sobre o assunto.

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