Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Cidade da Criança sucateada: comissão pede fim de contrato com Ciop

Vereadores defendem interdição; relatório parcial será enviado para MPE

ROGÉRIO MATIVE

Em 25/10/2021 às 22:31

Em parecer, Vigilância Sanitária Municipal descreveu o cenário de total abandono do equipamento público

(Foto: Maycon Morano/AI Câmara)

Por unanimidade, a Câmara Municipal de Presidente Prudente aprovou relatório parcial produzido pelos membros da Comissão Especial de Investigação (CEI), que aponta o sucateamento do complexo da Cidade da Criança por falta de manutenção. Os vereadores pedem a interdição do local, além do rompimento imediato do contrato com o Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista (Ciop).

O documento foi lido pela presidente da CEI, Miriam Brandão (Patriota), durante a sessão ordinária dessa segunda-feira (25). Agora, ele será enviado para o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público Estadual (MPE) para apuração imediata de responsabilidade de agentes políticos. Também serão notificados o prefeito Ed Thomas (PSB) e o próprio Ciop.

O relatório teve como pilar principal a inspeção técnica feita pela Vigilância Sanitária Municipal, que descreveu o cenário de total abandono do equipamento público. Entre os problemas constatados, falta de reforma e pintura de diversos espaços, acúmulo de sujeira, falta de manutenção do parque aquático, quiosques danificados, manchas escuras nas piscinas, entre outros.

Ambiente sem harmonia

Já a Prefeitura de Prudente relatou à comissão ter encontrado um 'ambiente sem harmonia' e setores desmotivados. Apontou a falta de manutenção de veículos e equipamentos usados na conservação do complexo turístico e a desativação de praticamente todas as atrações, como Observatório, Planetário, Parque Infantil; além de problemas na pista de kart, calçamento, deck dos pescadores, entre outros.

Segundo a Prefeitura, o custo de manutenção do local gira em torno de R$ 2 milhões por ano, afirmando que o quadro atual é ocasionado por 'descuido e falta de planejamento financeiro' e, assim, motivando um possível rompimento contratual.

Do outro lado, o Ciop argumentou que os serviços não foram realizados devido a pandemia e o corte de repasse municipal em cerca de R$ 120 mil mensais. A entidade disse que as reformas estão previstas para começar apenas em abril de 2022.

Quer o rompimento

No relatório elaborado pelo vereador Wellington Bozo (MDB), a comissão recomenda ao prefeito Ed Thomas o 'imediato rompimento' do contrato com o Ciop, além da interdição de todo o complexo da Cidade da Criança até que todas as reformas sejam feitas no local.

Trabalhos continuam

A CEI tem mais 60 dias para concluir todos os trabalhos; entre eles, a realização das oitivas.

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