Da Redação
Em 27/09/2023 às 16:03
Em Prudente, são 39 mil exames ou consultas represados, o que dificulta a vida de pacientes
(Foto: Arquivo/AI)
Com uma longa fila de espera de pacientes prudentinos para diversos procedimentos e especialidades, a vereadora Nathalia Barbosa Gonzaga da Santa Cruz (PSDB) cobrou a realização do mutirão de cirurgias, lançado no ano passado pelo Governo do Estado de São Paulo.
Em requerimento aprovado pelo plenário da Câmara Municipal, ela pede ainda o andamento de exames e consultas da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross). Em Presidente Prudente, são 39 mil exames ou consultas represados, o que dificulta a vida de pacientes.
“A falta de uma estrutura hierarquizada e eficiente, a escassez de recursos para a saúde e os investimentos insuficientes em hospitais, profissionais e tecnologia são, sem dúvida, os principais fatores que justificam a atual situação. No que se refere ao tratamento cirúrgico, a dificuldade na sua obtenção talvez evidencie de forma mais cruel essa realidade”, declara.
A parlamentar pontua que a fila de espera de cirurgia, que representa o período entre a indicação cirúrgica e a sua realização, é só a última e, por vezes, a menor delas. "O tempo real de espera compreende vários outros períodos, desde o surgimento dos sintomas da doença até a obtenção do tratamento especializado”, fala.
Segundo ela, o ponto de maior afunilamento para estes pacientes é a obtenção da consulta no ambulatório. "É fato sabido por todos da superlotação de nossos ambulatórios nos serviços públicos. Em muitos a demora para se conseguir a consulta é de vários meses ou anos, o que gera uma enorme demanda reprimida”, frisa.
“Na impossibilidade de se conseguir marcar uma consulta pelas vias regulares, é natural que aqueles que têm a possibilidade procurem outras formas de se obter a consulta, ou aqueles que não possuem a mesma possibilidade acabam se sacrificando, procurando outros meios, como: empréstimos, vaquinhas virtuais, rifas, campanhas em redes sociais”, destaca.
Em seu requerimento, ela solicitou que seja acionado o deputado estadual Mauro Bragato. "Para que ele interceda junto ao Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Saúde, com o objetivo de zerar a fila", finaliza.
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