Thiago Ferri
Em 12/11/2010 às 14:13
Uma suposta operação da Receita Federal (RF) para fiscalizar a origem de produtos no Shopping Popular de Presidente Prudente assustou os trabalhadores do local, que esvaziaram seus boxes por volta das 13h30 desta sexta-feira (12) e deixaram o espaço conhecido como Camelódromo, que funciona na Praça da Bandeira, Centro da cidade.
O setor de fiscalização da RF não confirmou a existência da operação, porém não descartou sua realização, com a frase: “não podemos antecipar esse tipo de fiscalização para a imprensa”.
Não se sabe de onde surgiu a informação no Camelódromo, mas em poucos minutos todos os proprietários de boxes estavam sabendo da suposta operação e, rapidamente, a maioria deles baixou as portas. Alguns até mesmo colocaram as mercadorias em grandes sacolas para levar embora.
“Não dá para arriscar. Nem sei se é verdade, mas também não vou pagar para ver. É bem provável que venha fiscal aqui mesmo, porque é sempre assim, eles sempre vêm nas vésperas do Natal, do Dia das Crianças, sempre que os trabalhadores têm mais mercadoria. A impressão que fica é que a vontade mesmo é prejudicar a gente. Só estamos trabalhando. Porque não vão atrás de quem está traficando droga, roubando, matando?”, disse um dos proprietários dos boxes fechados, que preferiu não se identificar.
Ouvir alguns dos donos de espaços no Camelódromo é sempre complicado, eles só aceitam falar informalmente ou sem serem identificados. É o caso de um senhor já de certa idade, que preferiu resistir ao boato e permanecer aberto. “Estão falando aí [da operação], mas não sei não. Eu não vou fechar, não estou fazendo nada errado, não vendo nada ilegal”, disse ele, que comercializa produtos diversos, como árvores de Natal e lâmpadas pisca-pisca, além de mochilas e bolas de futebol.
O setor de fiscalização da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente (Sedepp) garantiu não ter nenhuma operação agendada no Shopping Popular.
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