Da Redação
Em 09/12/2010 às 18:08
De 462 residências vistoriadas em Presidente Prudente, a Sabesp localizou 41 com fontes próprias de abastecimento de água (poços) em situação irregular. Durante os meses de outubro e novembro, uma equipe formada por oito empregados da concessionária de água e esgoto saiu às ruas para identificar tal situação.
O gerente comercial da companhia em Prudente, Alex Mello, explica que para captar água em um poço próprio é preciso obter uma outorga do Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (Daee) e, depois, comunicar à Sabesp, que passa a realizar a cobrança apenas do serviço de coleta de esgoto.
“Sem estes cuidados, o uso de água proveniente das fontes próprias e o lançamento dos efluentes gerados na rede coletora são atos ilegais”, afirma.
Além disso, a empresa destaca que a água proveniente dos poços não passa por tratamento e seu consumo gera riscos. “A contaminação por bactérias pode provocar reações rápidas no organismo, como a diarréia, mas a contaminação por produtos químicos pode causar problemas até mais sérios e que só se manifestam depois de anos. A ingestão de água com excesso de nitrato, por exemplo, pode causar a metahemoglobinemia, um problema no sangue que atinge principalmente crianças”, explica o gerente da Divisão de Controle Sanitário da Sabesp na região, Augusto Leme.
Ele esclarece ainda que utilizar água de fonte própria é deixar de se beneficiar da determinação do Ministério da Saúde de que toda água distribuída por empresa de saneamento pública deve conter flúor, que previne a cárie dentária e facilita a absorção de cálcio no organismo, reduzindo assim, o risco de se desenvolver a osteoporose.
“A água proveniente dos poços nunca deve ser utilizada para banho e para consumo, por não ter tratamento”, enfatiza.
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