Da Redação
Em 09/12/2010 às 13:47
Nesta quinta-feira (8), o Sesc Thermas traz a Presidente Prudente a apresentação do espetáculo “Corpo Vivo - Carrossel das Espécies”, com a Cia Teatro-Dança Ivaldo Bertazzo. O espetáculo começa às 20h30, no Ginásio Municipal de Esportes “Watal Ishibashi” e os ingressos são gratuitos, mas limitados a dois por pessoa. Ele podem ser retirados na Central de Atendimento do Sesc.
Que espécie de animal é você? Homem, quadrúpede, pássaro? O que fazer quando a mente conquista beleza e liberdade e o corpo envelhece? Imagine se o homem tivesse a capacidade de regeneração dos répteis, que abandonam toda a pele e desenvolvem outra no lugar. Se pudesse andar pelas paredes e tetos, desafiando a lei da gravidade e mudar a cor da nossa pele de maneira camaleônica. E se continuasse a respirar debaixo d’água, mesmo depois de rompido o cordão umbilical? Como seria o mundo se o homem voasse? E se tivesse uma visão de coruja, o radar do tubarão, a velocidade de um lince e a força de um touro?
Perguntas como essas permeiam o novo espetáculo interativo de Ivaldo Bertazzo, que apresenta seu corpo de 19 bailarinos e a ideia de confrontação das espécies. “Corpo Vivo – Carrossel das espécies” faz parte de um projeto maior que abarca também o lançamento do livro “Corpo Vivo - Reeducação do Movimento”, Edições SESC SP, que será vendido no momento do espetáculo.
Com roteiro de Marília Toledo, direção cênica de Suzana Mafra e iluminação de Wagner Freire, o espetáculo pretende representar a evolução da espécie humana, comparando-a com a dos répteis, pássaros, peixes e quadrúpedes, por meio da dança, da música e de textos que percorrerão o teatro-dança.
O ator Rubens Caribé dá vida à história de um monge que dedica a existência não apenas à filosofia, mas também a estudos sobre a anatomia de diversas espécies, com o objetivo de encontrar a perfeição. Em cena, os encontros possíveis desse monge e de outros personagens, como um maestro que dirige um coral de bichos, um professor de organização dos músculos da face com os animais que ele pesquisa, num embate de atração e inveja em relação as suas características.
A mezzo soprano Regina Elena Mesquita também dá voz a uma mãe, uma égua e uma camareira, num repertório musical insólito, que mescla Nino Rota, uma canção iídiche, The Carpenters e canções regionais brasileiras.
O espetáculo, que tem momentos de interatividade, também pretende que o público se dê conta da importância do corpo como o instrumento de todas as ações cotidianas, que passam despercebidas, mas que são vitais ao ser humano. A respiração, o ato de piscar, a deglutição, são ações mecânicas e involuntárias que nem passam pelo nosso pensamento no dia a dia. De maneira lúdica e bem humorada “Corpo Vivo” traz para o palco uma das principais reflexões do homem: a preservação e a degeneração do corpo.
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