Thiago Ferri
Em 01/12/2010 às 17:24
Com o objetivo de pagar uma conta menor do que realmente consomem, muitas pessoas ainda adotam a prática dos chamados “gatos” nas ligações de água de suas residências. Somente nos dez primeiros meses deste ano, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) identificou 312 fraudes em Presidente Prudente e recuperou aproximadamente R$ 120 mil que não haviam sido faturados.
As irregularidades foram encontradas durante as 5.929 vistorias realizadas na cidade no período de janeiro a outubro deste ano. A empresa mantém uma equipe que chama de “caça-fraudes” e faz vistorias frequentes na região Baixo Paranapanema, que abrange 62 municípios, incluindo Prudente.
O volume de água correspondente aos R$ 120 mil recuperados pela companhia seria suficiente para abastecer as cidades de Alfredo Marcondes e Caiabu durante um mês inteiro.
Segundo o gerente do setor comercial e administrativo da Sabesp em Prudente, Alex Danielle Valentim Mello, são dois tipos mais comuns de fraudes. “O mais encontrado é o travamento do hidrômetro. O pessoal costuma fazer um furo e coloca arame, daí o equipamento trava e para de girar, não marcando o consumo. Outro é a violação do dispositivo de supressão, que é quando encerramos uma conta, não enviamos mais fatura, mas alguém vai lá e passa a usar de novo a água”, explica.
“Há ainda as ligações clandestinas. A pessoa contrata um encanador e faz a ligação sem passar pelo medidor. Esse tipo de fraude é mais difícil de encontrarmos”, completa ele.
Conforme a Sabesp, as irregularidades também podem provocar prejuízos à população em geral, como infiltrações e vazamentos, diminuição da pressão de toda a rede e, por consequência, a falta de água em regiões que podem abranger bairros inteiros.
Em Adamantina, que é o município sede de uma área com 16 cidades, a equipe da compnhia de água realizou entre agosto e outubro 1.723 análises em residências, o que equivale a 13% do total de ligações de água da cidade. Neste período foram confirmados 42 casos de fraudes.
Consequências
O consumidor que tem fraude detectada em sua residência deve pagar um valor que corresponde ao período em que houve fraude com base na média de consumo histórica; além de responder às autoridades policiais pelo crime praticado, uma vez que a companhia abre Boletim de Ocorrência contra o fraudador.
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