Da Redação
Em 20/08/2021 às 20:56
Boza terminou em quarto lugar apesar de ter sua participação comprometida por câimbras
(Foto: Wagner do Carmo/CBat)
O atleta da Associação Prudentina de Atletismo (APA/SP)/Semepp/Talento Olímpico, Gabriel Luiz Boza, ficou muito perto do pódio, nesta sexta-feira (20), na prova do salto em distância pelo Campeonato Mundial de Atletismo Sub-20, no Estádio Kasarani, em Nairóbi, no Quênia. Ele terminou em quarto lugar, com 7,83 m (0.8), mesmo sentindo câimbras nas panturrilhas.
Com dores, o que prejudicou sua participação, o atleta teve que abandonar a competição cancelando suas duas últimas tentativas na final.
Orientado por Cremilson Julião Rodrigues (Montanha), ele entrou na competição com a terceira melhor marca entre os inscritos (7,90 m). Queimou o primeiro salto e conseguiu 7,83 m no segundo, quando assumiu a vice-liderança da prova. A partir daí, a situação se complicou com as câimbras.
"Senti câimbras bem fortes nas duas panturrilhas no terceiro salto. Mas, no quarto salto não tinha mais jeito. Fiquei e estou muito triste, pois treinei muito para esse momento. Estava tranquilo e com muita vontade de saltar. Sentia que podia pegar o primeiro lugar", lamenta o atleta de apenas 18 anos.
Nascido em São José dos Pinhais, Gabriel Boza defende a equipe prudentina desde janeiro deste ano. Ele tem 7,90 m (1.4) como recorde pessoal, marca obtida no dia 1º de maio, em Cascavel (PR). Foi quarto colocado no Troféu Brasil e vice-campeão sul-americano sub-20 em Lima, no Peru.
O francês Erwan Konate conquistou a medalha de ouro, com 8,12 m (0.4), melhor marca do Ranking Mundial da categoria em 2021. O colombiano Jhon Andrés Berrio, campeão sul-americano sub-20 em Lima, no Peru, confirmou a boa fase e ficou com a prata, com 7,97 m (-0.4), recorde pessoal. O jamaicano Kavian Kerr levou o bronze, com 7,90 m (0.9), recorde pessoal.
"Ele entrou bem tranquilo, estava bem consciente do que poderia fazer. Aqueceu direitinho, tudo certinho. Entrou com bastante fibra. No segundo salto, ele fez a marca de 7,83, já estava em segundo lugar, perdendo só pra o colombiano que tinha acertado também um salto bom no primeiro. Ele até pediu pra voltar para a prova, mas não tinha condição", analisa Montanha.
O treinador classifica a prova de nível "muito forte". "Como já era de se esperar no nível mundial. Ele correspondeu às expectativas até onde foi possível, porque não dá para avaliar muito mais levando em consideração que foi apenas um salto. Porém, com esse salto ele conseguiu ainda obter a quarta posição do Mundial. Então, a gente sai de cabeça erguida", reforça.
"Não foi o que a gente queria, sabemos muito bem disso, pois trabalhamos duro com o propósito de voltar para casa com a medalha no pescoço. Mas, o conforto é de que não foi uma lesão séria. Agora é botar a cabeça no lugar e se preparar para os próximos desafios", finaliza.
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