Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Disparada: Jerusa Geber fecha Mundial de Paris com mais um ouro

Ao lado do prudentino Gabriel Garcia, atleta vence os 200 metros

Rogério Mative e Sérgio Borges

Em 17/07/2023 às 18:46

Com mais essa conquista, Jerusa também tornou-se a maior medalhista desta Seleção Brasileira de Atletismo em Mundiais

(Foto: Alexandre Schneider/CPB)

Com uma disparada impressionante na reta final, Jerusa Geber venceu sua segunda prova no Mundial de Atletismo Paralímpico em Paris, na França, que foi encerrado nesta segunda-feira (17). Ao lado de Gabriel Garcia, a atleta radicada em Presidente Prudente conquistou a medalha de ouro ao vencer os 200m T11 (cegas), com o tempo de 24s63, novo recorde da competição. 

Com mais essa conquista, Jerusa também tornou-se a maior medalhista desta Seleção Brasileira de Atletismo em Mundiais. Foi o seu nono pódio na história da competição, sendo quatro ouros e cinco pratas no total.

"É muito gratificante sair da competição com estas duas medalhas e dois recordes na competição. A nossa prova principal é o 100 m, e os 200 m é como se fosse uma segunda estratégia, mas felizmente deu bom também. Estou muito feliz também por estar saindo como a atleta brasileira com mais medalhas no Mundial, pois acabamos passando o Daniel Mendes", comemora a acreana radicada em Prudente.

Ela tem como parceiro de pista o prudentino Gabriel Garcia. "Primeiramente temos que agradecer ao Criador. O maior desafio que tivemos que enfrentar foi nestes 200 m, pois sabiamos que tinhamos possibilidade nos 100 m. Então acho que o desafio nosso foi chegar aqui e darmos o máximo nos 200 m. Foi onde focamos bastante em cada etapa, como eliminatórias, semifinais e finais. Agora, daqui pra frente é descansar um pouco, preparar o psicológico, pois ainda temos muito trabalho pela frente", fala o atleta-guia.

Foto: Alexandre Schneider/CPB

"Esta competição foi bem forte e equilibrada. A Jerusa e o Gabriel fizeram uma preparação muito bem feita, já visando os dois cenários. Antes, eu só os preparava mais para os 100 m, agora pensamos em dar uma repaginada, preparando para as duas provas. De forma geral, foi surpreendente, apesar das adversidades próprias de uma grande competição. No final, o Criador nos honrou, nos permitiu e deu tudo certo, duas vitórias e dois recordes, que seja sempre feita a vontade Dele. Nós temos a nossa vontade, mas que a vontade Dele sempre prevaleça, este é meu pedido quando eles entram na pista, eu os treino para isso, mas que seja feita a vontade do Criador", afirma Luiz Henrique Barboza, treinador e marido de Jerusa.

Melhor campanha

O Campeonato Mundial chegou ao fim com o Brasil somando sua melhor campanha da história na competição, com 47 medalhas no total e segunda colocação do quadro geral.

Com sete pódios (dois ouros, duas pratas e três bronzes) neste último dia de provas, o país terminou a competição com dois a mais do que os chineses (47 a 45). No entanto, os brasileiros ficaram na vice-liderança do quadro geral de medalhas por uma diferença de dois ouros para os asiáticos – foram 14 contra 16. 

O país somou também 13 pratas e 20 bronzes, enquanto os chineses têm 16 pratas e 13 bronzes. Desde o Mundial em Assen 2006, a China não era superada em número de pódios na competição -- exceção à edição de Lyon 2013, quando os chineses foram com uma delegação reserva e terminaram na sexta colocação.

Com isso, o Brasil superou a sua melhor campanha na história da competição, registrada em Dubai 2019, quando os brasileiros ficaram na segunda colocação do quadro geral, com 39 medalhas no total: 14 de ouro, nove de prata e 16 de bronze. O desempenho também ultrapassou o resultado da edição de Lyon 2013, que até então era a melhor performance nacional, com 40 pódios no total, sendo 16 ouros, 10 pratas e 14 bronzes, na terceira posição geral.

O Brasil foi representado por 54 atletas de 19 Estados e 11 atletas-guia na competição. O Mundial de atletismo de Paris foi o primeiro da modalidade após os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e aconteceu no Estádio Charlety. O local tem capacidade para 20 mil pessoas e pertence ao clube de futebol Paris FC, da segunda divisão francesa. (Colaborou Assessoria de Imprensa da CPB)

 

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