Ao lado do prudentino Gabriel Garcia, atleta vence os 100 metros
Da Redação | AI CPB
Em 13/07/2023 às 19:55
Na prova dos 100m T11, a atleta de 41 anos, acompanhada de seu atleta-guia, Gabriel Garcia, completou a distância em 11s86
(Foto: Alessandra Cabral/CPB)
Sem pista para treinar, mas com superação que marca toda a trajetória de sua vida: Jerusa Geber venceu uma das provas mais aguardadas desta quinta-feira (13), no Mundial de Atletismo Paralímpico em Paris, na França. Ao lado de Gabriel Garcia, a atleta radicada em Presidente Prudente conquistou a medalha de ouro nos 100m da classe T11 (cegas).
Com isso, o país permanece na vice-liderança do quadro geral de medalhas da competição, com 24 pódios no total, sendo nove ouros, seis pratas e nove bronzes. Os brasileiros estão somente atrás da China, com 25 no total – 11 ouros, oito pratas e seis bronzes.
O Brasil está representado por 54 atletas de 19 Estados e 11 atletas-guia na competição. O Mundial de atletismo de Paris é o primeiro da modalidade após os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e acontece no Estádio Charlety. O local tem capacidade para 20 mil pessoas e pertence ao clube de futebol Paris FC, da segunda divisão francesa.
Na prova dos 100m T11, a atleta de 41 anos, acompanhada de seu atleta-guia, Gabriel Garcia, completou a distância em 11s86, enquanto outra brasileira, Thalita Simplício, ficou com o bronze, com o tempo de 12s30.
Jerusa e Garcia finalizaram a prova em 11s86, com um novo recorde da competição. A atleta, que nasceu em Rio Branco, no Acre, é totalmente cega; ela é a atual recordista mundial da prova, com o tempo de 11s83 registrados durante a 1ª Fase Nacional do Circuito de Atletismo, em março, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
"Estamos aqui porque fazemos o que a gente ama. É meu bicampeonato mundial nesta prova, só tenho a agradecer. Os 100m são muito técnicos, não pode errar em nada, temos que estar atentos, pois qualquer descuido podemos perder por milésimos. Mas deu tudo certo", afirmou Jerusa.
Essa foi a oitava medalha de Jerusa em Mundiais. Antes, havia conquistado o ouro nos 100m em Dubai 2019; prata nos 100m em Doha 2015; prata nos 100m e nos 200m em Lyon 2013; ouro no revezamento 4x100m, prata nos 100m e nos 200m na Nova Zelândia 2011. Ela é, ao lado do capixaba Daniel Mendes, a atleta com mais medalhas em Mundiais da delegação brasileira em Paris.
A chinesa Cuiqing Liu ficou com a medalha de prata ao completar a distância em 12s30. A potiguar Thalita Simplício, medalhista de ouro nos 400m na última terça-feira, 11, fez a dobradinha do Brasil no pódio ao conseguir o bronze com a marca de 12s37.
Em 18 anos de carreira, Jerusa carrega no seu curriculo importantes conquistas. Confira alguns resultados:
2005: (Jogos Para Pan Americanos de Cegos da IBSA, em São Paulo – prata nos 100m e nos 200m e bronze no salto em distância);
2007: Mundial de Cegos da IBSA em São Paulo – prata nos 100 e no salto em distância;
2008: Jogos Paralímpicos Pequim/China – bronze nos 200 mts;
2011: Jogos Pan-Americanos Guadalajara – México - prata nos100 e 200 mts;
2011: Mundial Nova Zelândia – prata nos 100 e 200 mts;
2012: Jogos Paralímpicos – de Londres/Inglaterra – prata nos 100 e 200 mts;
2013: Mundial do IPC Lyon – França – prata nos 100 e 200 mts;
2015: Jogos Panamericanos Toronto Canadá – bronze nos 100 e nos 400mts;
2015: Mundial do IPCL Doha Qatar – prata nos 100 mts;
2016: Paralimpiadas Rio de Janeiro – 4º lugar nos 100m e 7º lugar nos 200mts;
2017: 2ª colocada no ranking mundial dos 200 mts e quarta colocada nos 100mts;
2018: segunda colocada no ranking mundial nos 100 e terceira nos 200;
2019: ParapanAmericano em Lima no Peru - medalha de ouro nos 100 mts e recordista mundial na prova;
2019: Mundial de Atletismo – Paralímpico – Dubai Emirados Árabes Unidos – medalha de ouro nos 100 mts.
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