Com escolta policial, José Cláudio Bressan assume Prefeitura de Machado
ROGÉRIO MATIVE
Em 25/10/2012 às 18:25
O vereador José Cláudio Bressan (PSDB), até então presidente da Câmara Municipal, assumiu na tarde desta quinta-feira (25) a Prefeitura de Álvares Machado. Foi necessária a presença de policiais da Força Tática para garantir a solenidade que empossou Bressan no cargo. Mas, a novela está longe de acabar. Juliano Garcia (PT), que teve o diploma cassado por abuso de poder econômico, entrará com liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tentativa de reaver a cadeira de chefe do Executivo.
"Amanhã [26] será protocolado o pedido de liminar em Brasília. O Juliano está confiante que voltará ao cargo até segunda-feira [29], antes que o Bressan destrua o que ele construiu nos últimos anos", diz o assessor particular do ex-prefeito, Miguel Francisco.
Para ele, a posse de Bressan foi "lamentável". "Se quer ele foi reeleito vereador. E hoje, em uma cena triste e que denigre a imagem da cidade, ele assumiu o cargo com um forte esquema policial", ataca.
"A população de Machado não merece esse presente de fim de ano. É lamentável", conclui. Juliano Garcia não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto.
Condenação
Juliano Garcia (PT) e seu vice, Hugo Yokoyama (PMDB) foram condenados com a perda do diploma e ficaram inelegíveis por distribuição de brindes e camisetas nas eleições de 2008.
No último dia 15, juízes do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), por votação unânime, deram provimento ao recurso movido pela coligação "Todos por Álvares Machado" para fixar a multa "no mínimo legal, cassar o diploma dos recorridos, bem como declará-los inelegíveis, com determinações" por captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico.
Câmara Municipal
Assumirá a presidência da Câmara Municipal o vereador Amarildo Aparecido Miraya (DEM). Já para a vaga de Bressan, o suplente do PSDB, José Carlos Cabreira, ficará com a cadeira no Legislativo.
A única dúvida é em relação as vagas que pertenciam aos vereadores Mauro Antônio Cadette (PV) e Fabrício Ross Yokoyama (PV), que também foram condenados no mesmo processo. Elas deverão ser preenchidas após posicionamento da Justiça Eleitoral.
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