ROGÉRIO MATIVE
Em 06/04/2013 às 13:31
Modelo de calçada ecológica implantado em algumas cidades brasileiras
(Foto: Arquivo)
Caso seja aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo Executivo, o projeto de lei do vereador Adilson Silgueiro (PMDB) pode salvar a vida de centenas de árvores em Presidente Prudente, ameaçadas com a concretagem realizada nas raízes das plantas, que também impossibilita o escoamento da água em dias de chuva.
A proposta, que será lida durante a sessão ordinária de segunda-feira (8), cria o sistema alternativo de calçada ecológica em áreas urbanas do município. Os moradores poderão optar pela ideia devendo fazer cadastramento no banco de dados a ser criado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Implantado em algumas cidades brasileiras, e comum em países da Europa, o sistema sugestionado por Silgueiro compreende em uma calçada composta de faixa paralela livre permeável, com plantação de gramíneas em 80% do seu comprimento, e de faixa paralela concretada.
Segundo ele, a faixa paralela livre permeável, medida a partir da guia, não poderá ultrapassar 50 centímetros, facilitando a circulação e deslocamento dos pedestres. Já a parte concretada deverá ser regular e não ser revestida de material escorregadio.
De acordo com o projeto de lei, o alinhamento do imóvel poderá ser feito com construção de muro, gradil ou cerca viva. Nas calçadas com plantio de árvores, será necessário garantir ao redor da árvore uma faixa permeável paralela de um metro por 70 centímetros, para permitir a oxigenação e umidade necessárias para as raízes.
O vereador também aponta em seu projeto as mudas que poderão ser plantadas em calçadas que ainda não contam com pavimentação. Para aquelas com fiação, falsa-murta, resedá, hibisco, escova de garrafa, manacá da serra anão, aroeira salsa, ipê amarelo e cascudo.
Já para calçadas sem fiação aérea as espécies: pata de vaca, ipê amarelo, ipê branco, oiti imperial, manacá da serra.
"Essa calçada ecológica tem por finalidade manter a capacidade de infiltração do solo, reduzir a velocidade das águas de chuva em direção aos córregos, evitar que raízes de árvores danifiquem o piso das calçadas, além de aumentar a porcentagem de área verde por habitante", justifica o parlamentar.
Após ser lido, o projeto seguirá para as Comissões Permanentes da Casa de Leis, que emitirão parecer favorável ou não pela sua tramitação.
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