Facção criminosa levanta R$ 2,4 milhões com venda de rifa

Sorteios de apartamento e prêmios em dinheiro. Desta forma, uma facção criminosa que atua dentro e fora de presídios levantou R$ 2,4 milhões com venda de cada rifa "ação entre amigos". Nesta quinta-feira (3), a Polícia Civil deflagrou a operação Blackjack em cidades da região para o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal da de Presidente Venceslau.

Os trabalhos ocorrem nas cidades de Caiuá, Pacaembu, Tupi Paulista, Martinópolis, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Santo Anastácio, Candido Mota, Birigui, Penápolis, Mirandópolis, Pereira Barreto e Valparaíso. Em Venceslau, a operação conta com o apoio da Polícia Militar.

As prisões e buscas ocorrem após investigação de mais de três meses sobre a “Sintonia da Rifa”, estrutura criada por uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios.

A investigação teve como ponto de partida a identificação de um morador de Presidente Venceslau cuja a função era de controle e distribuição de números de loteria ilegal denominada “Rifa” ou “RF”.

A distribuição é feita a integrantes da facção responsáveis pela venda de cartelas em municípios do interior paulista na “Regional 018”, além da arrecadação dos valores em benefício do crime organizado.

Sintonia da Rifa

O “Setor da Rifa” ou “RF” na estrutura da organização criminosa é uma fonte de recursos financeiros para manutenção dos seus ideais, principalmente em auxílio ao domínio do narcotráfico, aumentando, em última análise, o poder econômico-financeiro do crime organizado, segundo a polícia.                                                     

Estima-se que a cada edição da rifa, normalmente realizada bimestralmente, a organização criminosa somou receita bruta de aproximadamente R$ 2,4 milhões. Era comercializada, em média, 60 mil números ao custo individual de R$ 40.

Os prêmios ofertados a cada sorteio são imóveis, apartamentos ou residências, veículos e valores em espécie.