Onça Jaguatirica morre atropelada em vicinal de Caiabu

Uma onça Jaguatirica foi encontrada morta nas margens de uma estrada vicinal que liga o município de Caiabu ao Distrito de Iubatinga. De acordo com a Polícia Militar Ambiental (PMA), ela foi vítima de atropelamento.

A ocorrência foi registrada nessa quarta-feira (1º), após solicitação feita ao Centro de Operações da Polícia Militar. No local, os agentes encontraram a fêmea jovem já sem vida. 

Como não havia ninguém pelo local e tampouco testemunhas que pudessem informar o autor do atropelamento, o animal foi recolhido e destinado ao Acervo Educacional de Ciências Naturais (AECIN) da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente.

A espécie

A jaguatirica é da espécie Leopardus pardalis. Trata-se de uma das espécies de felinos neotropicais mais conhecidas cientificamente. Esses animais destacam-se por seu padrão de pelagem que lembra o da onça-pintada, possuindo pelos amarelados com manchas escuras. Nas jaguatiricas, no entanto, a manchas negras tendem a formar rosetas abertas e que se juntam e formam bandas nas laterais do corpo. 

As manchas na jaguatirica funcionam como a impressão digital nos seres humanos, por serem únicas. De porte médio, tem comprimento variando entre 67 e 101, 5 cm e uma cauda que representa cerca de 46% do comprimento do seu corpo. Machos são, em geral, mais pesados que as fêmeas, sendo que o peso das jaguatiricas varia entre 6,6 e 18,6 kg. 

São animais solitários e territoriais. A atividade da espécie é tipicamente noturno-crepuscular. Entretanto, a jaguatirica pode também ser ativa durante o dia. Contudo, normalmente, as jaguatiricas dormem durante o dia em ocos de árvores e em arbustos. São animais habilidosos quando o assunto é escalar, saltar e nadar. 

As jaguatiricas podem viver na natureza cerca de 10 anos. Já em cativeiro, essa expectativa de vida pode chegar aos 20 anos. A jaguatirica é encontrada desde os Estados Unidos até a Argentina, desde o Cerrado até florestas tropicais. 

São animais carnívoros que se destacam por serem caçadores oportunistas. Em geral, alimentam-se de mamíferos pequenos, podendo ingerir também anfíbios, répteis e aves. Vale salientar que esses animais também se alimentam de presas maiores, como macacos, capivaras e pacas. 

Em alguns casos, as presas de maior porte constituem seu alimento mais importante. Possuem um período de gestação que dura entre 70 e 85 dias e podem ter de um a quatro filhotes em cada ninhada, entretanto, em geral, em cada gestação nasce um filhote. 

O intervalo das gestações na natureza é de cerca de dois anos. Os filhotes acompanham sua mãe nas caçadas a partir dos quatro meses de vida e, em geral, permanecem com a mãe até cerca dos dois anos. 

Atualmente, a jaguatirica está classificada como 'pouco preocupante' na lista de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. Apesar dessa classificação, a tendência populacional atual é de decréscimo, pois a espécie já havia sido classificada no passado como vulnerável.