Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Prudente sedia seminário nacional de enfrentamento às organizações criminosas

Da Redação

Em 20/10/2023 às 16:35

Seminário contou com 110 representantes das Polícias Federal, Civil, Militar, Rodoviária Federal, Penal Federal e Penal estadual, membros do Ministério Público e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)

(Foto: Cedida/AI)

Nesta semana, Presidente Prudente recebeu integrantes de diversas instituições de inteligência e policiais para promover a integração dos serviços de inteligência e discutir ações para o combate ao crime organizado. Realizado pela primeira vez no território nacional, o 1º Seminário Interagências de Inteligência contou com representantes de 13 Estados.

O evento apresentou ações com potencial de enfraquecer e combater a expansão do crime organizado no Brasil, a partir da integração dos agentes que atuam desde a prevenção até a custódia. 

Entre os temas, ações estratégicas da inteligência policial, ameaça a agentes e autoridades públicas, enfrentamento à expansão de organizações criminosas, controle da produção e comercialização de drogas sintéticas, entre outros assuntos.

"É uma troca de informações entre diversas agências, órgãos policiais e Ministério Público visando o aprimoramento de estratégias e táticas para combater as organizações criminosas atuantes no país. Presidente Prudente foi escolhida diante da posição geográfica; temos na região várias penitenciárias, e pela já conhecida atuação de diversos órgãos públicos no combate ao crime", destaca o chefe da Delegacia da Polícia Federal de Presidente Prudente (SP), Leonardo Nogueira Rafaini.

Entre os motivos para a escolha de Prudente como sede do encontro, foram levados em conta fatores como histórico de megarebeliões na região, morte de juiz, transferências de presos do alto escalão de organizações criminosas, plano de resgaste de detentos, além de promotores de Justiça ameaçados diante do trabalho de combate ao crime.

"Nenhuma de nossas instituições conseguiria realizar o trabalho de combate sozinha. A importância de um grande evento como este é demonstrar que é necessário uma cooperação e uma integração entre as agências no país todo", cita o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

O seminário contou com 110 representantes das Polícias Federal, Civil, Militar, Rodoviária Federal, Penal Federal e Penal estadual, membros do Ministério Público e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além de agentes de Acre, Amapá, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O diretor de Inteligência Penitenciária, Abel Barradas, destaca a importância do evento e a proposta de unir informações de inteligência e apresentar ações com potencial de enfraquecer e combater a expansão do crime organizado no Brasil, a partir da integração dos atores que atuam desde a prevenção até a custódia. 

“O seminário tem como tema central ações desenvolvidas por diferentes instituições no enfrentamento a organizações criminosas que possuem grande impacto no sistema prisional brasileiro e, que, para além dos muros, possuem também atuação internacional no tráfico de armas, drogas e lavagem de dinheiro”, afirma.

O secretário nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco, acredita que o caminho mais rápido para a redução da violência nas ruas é por meio da integração das forças de segurança. 

“A Senappen, articulada com a Senasp, está investindo de forma efetiva nessa integração como forma de otimizar recursos. Nosso intuito é fortalecer a troca de informações e fomentar o estabelecimento de uma rede de comunicação eficiente, tanto no policiamento nas ruas, quanto nas operações penitenciárias para, com isso, aprimorar a produção de conteúdo de inteligência que resultará em mais segurança para a população brasileira”, destaca Velasco.

A ação foi de iniciativa da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), em parceria com a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária de São Paulo, por meio da Diretoria de Inteligência e Segurança, e Polícia Federal.

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