Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Exames de rotina e diagnóstico precoce de câncer são fatores para sucesso do tratamento

Da Redação

Em 09/04/2025 às 08:17

É importante que as pessoas realizem consultas e exames de rotina e atente-se a sintomas incomuns

(Foto: Cedida/AI)

A Semana Mundial de Combate ao Câncer reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Quando identificado nos estágios iniciais, o câncer apresenta maiores chances de cura, tornando essencial o acompanhamento médico. Médica oncologista cooperada da Unimed Presidente Prudente, Graziela Costa Zani destaca as principais orientações para prevenir e enfrentar a doença.

Conforme o INCA (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, os tipos de câncer mais comuns são o câncer de pele não melanoma (é o mais frequente), o câncer de mama e o câncer de próstata, e a oncologista lembra que datas como essa são essenciais para aumentar o conhecimento da população sobre prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. 

Também existem outras campanhas, como o "Outubro Rosa" e o "Novembro Azul", que visam conscientizar sobre o câncer de mama e próstata, respectivamente. “Essas campanhas têm desempenhado um papel significativo na diminuição de estigmas e no incentivo ao cuidado com a saúde, e ajudam a reforçar a importância da detecção precoce, que pode salvar vidas”, destaca a oncologista.

Riscos e prevenção

A especialista pontua que os principais fatores de risco incluem:

•    Fatores genéticos (Histórico familiar de câncer pode aumentar o risco)
•    Tabagismo e consumo de álcool
•    Exposição excessiva ao sol
•    Alimentação inadequada, obesidade e sedentarismo

Diante dos riscos, dra. Graziela reforça que a prevenção do câncer envolve mudanças no estilo de vida. “A OMS [Organização Mundial da Saúde] indica que, em até 50% dos casos, o câncer pode ser prevenido com atitudes como: não fumar; manter uma alimentação saudável e rica em frutas, vegetais e fibras, e com baixo consumo de carnes processadas; praticar atividades físicas regularmente; evitar a exposição excessiva ao sol e beber bastante água”, orienta.

Diagnóstico precoce

É importante que as pessoas realizem consultas e exames de rotina e atente-se a sintomas incomuns. A oncologista cooperada da Unimed conta que, no caso de câncer, os sintomas podem variar dependendo do tipo de patologia, mas alguns pontos de alerta incluem:

•    Mudanças na pele ou feridas que não cicatrizam (câncer de pele)
•    Nódulos ou caroços, especialmente nas mamas ou testículos 
•    Tosse persistente ou falta de ar (câncer de pulmão)
•    Dor abdominal e alterações no hábito intestinal (câncer de cólon)
•    Perda de peso inexplicada e fadiga intensa

Desde que já não esteja associada a alguma outra doença, é essencial buscar apoio médico na persistência desses sintomas. “A detecção precoce aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido, já que os cânceres diagnosticados em estágios iniciais têm maiores probabilidades de cura”, reforça a dra. Graziela.

Exemplos de exames eficazes para população em geral, sem fatores de risco, incluem:

•    Mamografia: Para detectar o câncer de mama em mulheres acima de 40 anos
•    Papanicolau: Para o câncer de colo do útero em mulheres
•    Exame de PSA e toque retal: Para o câncer de próstata
•    Tomografia de baixa dose: Para câncer de pulmão e pessoas com histórico de tabagismo
•    Colonoscopia: Para detectar o câncer de cólon em pessoas a partir dos 50 anos

Vale lembrar que a idade para começar um acompanhamento pode depender do histórico familiar. “Sempre gosto de frisar a detecção precoce, pois as pessoas acabam esquecendo de fazer os exames na correria do dia a dia. Tem mulheres que acabam falando assim: ‘Ah, mas foi só esse ano que eu não fiz e bem nesse ano aconteceu’. Não pode deixar de se tocar, se lembrar, principalmente do câncer de mama, que é uma coisa que a gente vê com grande frequência", ressalta.

Para aqueles pacientes que estão agora com um diagnóstico de câncer, a oncologista desataca que é importante lembrar que a doença não define a pessoa. “Esse paciente não está sozinho. Ele tem o médico para contar, ele pode ir atrás das ajudas dos psicólogos, enfim, da equipe multidisciplinar. Ele não está sozinho”, finaliza a oncologista. 

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