Com salários atrasados, trabalhadores da Prudente Urbano fazem novo protesto
ROGÉRIO MATIVE
Em 22/06/2021 às 19:09
Ônibus começam a rodar após as 8h; categoria discute greve geral
(Foto: Sérgio Borges/NoFoco)
A quarta-feira (23) promete ser, mais uma vez, cheia de desafios aos usuários do transporte coletivo de Presidente Prudente. Pela manhã, os ônibus não circularão em novo protesto dos funcionários da Prudente Urbano, que seguem com salários, vale-alimentação e adiantamento em atraso. Do outro lado, a Prefeitura já está com ação pronta contra a empresa, que será protocolada na Justiça.
Cansados do descaso da concessionária, motoristas e demais funcionários cruzarão os braços por três horas. Com isso, a frota deixará a garagem apenas a partir das 8h.
Atualmente, são 24 veículos nos horários normais; 30 ônibus nos horários de pico.
Tudo em atraso
Além de férias parceladas que se arrastam desde o ano passado, cerca de 30 funcionários ainda não receberam o salário referente ao mês de maio, que deveria ter sido pago até o último dia 8.
Já o vale-alimentação e adiantamento salarial, vencidos no dia 20, também estão atrasados e a categoria segue sem previsão de recebimento.
A categoria está em greve desde quarta-feira (16), prestando o serviço de forma parcial.
Uma assembleia, ainda nessa quarta, será realizada para discutir quais os próximos passos que serão tomados pelos funcionários.
Cumprindo o que prometeu
Já a Prefeitura de Prudente informa que ingressou com uma ação civil pública para obrigar a concessionária a cumprir integralmente o contrato celebrado junto ao município. "Buscando dessa forma solucionar de forma imediata o impasse envolvendo este serviço que é essencial à população", diz a nota assinada pela Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos e Legislativos.
Segundo a Prefeitura, a ação é uma forma "cautelosa" para que não sejam abertas brechas jurídicas em que a Prudente Urbano discuta uma possível rescisão contratual.
"É importante ressaltar que a administração municipal está vigilante e preocupada com a atual crise no transporte, porém, deve tomar as atitudes de forma cautelosa, para que não haja qualquer afronta aos termos do contrato celebrado entre as partes, o que poderia causar penalidades à administração municipal que teriam reflexo negativo na prestação de serviços ao cidadão".
Caso a medida judicial não surta efeito, a Prefeitura não descarta a adoção de outras atitudes previstas em contrato, como a intervenção e até mesmo a rescisão contratual.
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