Prefeitura aposta em série de reuniões na tentativa de estancar crise no transporte

Sem apresentar propostas concretas para sanar a crise instalada no transporte coletivo de Presidente Prudente, a Prefeitura intensificou a realização de reuniões nesta quinta-feira (29). Desde a madrugada, os funcionários da Prudente Urbano cruzaram os braços diante dos seguidos atrasos no pagamento de vale-alimentação e salário.

Durante esta manhã, a primeira reunião envolveu integrantes das secretarias de Assuntos Jurídicos e de Mobilidade Urbana, além de membros do alto escalão do Executivo. A Prefeitura estuda uma forma legal para socorrer financeiramente a empresa, o que não é previsto no contrato de concessão do transporte.

Um encontro entre o prefeito Nelson Bugalho (PSDB) e representantes do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Prudente e Região (Sintrattepp) e Conselho Intersindical é costurado para as próximas horas. O objetivo é dissolver o movimento grevista.

Um dia antes, nessa quarta-feira (28), a Prefeitura esteve reunida com diretores da Prudente Urbano, sendo o segundo encontro nesta semana.

Até o momento, o Sintrattepp diz que a empresa não abriu diálogo para negociação do pagamento dos atrasados. A Prefeitura ainda não se manifestou sobre o assunto.

Pendurados

O vale-alimentação referente ao mês passado, no valor de R$ 500, foi pago pela metade. Já neste mês, os funcionários aguardam pelo benefício desde o dia 21. Em relação aos salários, o atraso chega a ultrapassar cinco dias. 

Cabe lembrar que parte dos empregados é bancada pelo governo federal por meio da Medida Provisória 936, durante a pandemia.

Greve total, com apoio de 20 sindicatos

A paralisação conta com adesão de todos os funcionários da Prudente Urbano. Na frente da garagem da empresa, o movimento ocorre de forma pacífica, sendo acompanhado pela Polícia Militar.

Tirando casquinha

O único momento de inquietação foi quando um candidato a prefeito tentou gravar vídeos para campanha com o movimento grevista ao fundo. Ele foi expulso do local por integrantes dos sindicatos e funcionários da empresa.