Associação Comercial critica decisão e reclama de falta de diálogo
ROGÉRIO MATIVE
Em 25/05/2018 às 16:40
Para Associação Comercial, medida pode causar prejuízo aos comerciantes da área central
(Foto: Arquivo/Marcos Sanches/Secom)
Sem ônibus circulando no período da tarde, o comércio da área central de Presidente Prudente fechará suas portas mais cedo neste sábado (26). A decisão não agradou a Associação Comercial e Empresarial (Acipp), que aponta prejuízo aos comerciantes e falta de diálogo na tomada da decisão.
A medida foi tomada pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio), Vitalino Crellis, após pedido do prefeito Nelson Bugalho (PTB). Desta forma, o comércio prudentino funcionará das 9h às 12h neste sábado.
"A modificação se deve ao período de racionalização do transporte coletivo da cidade, diretamente afetado pela greve dos caminhoneiros", diz a Prefeitura, em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (25).
Conforme publicado pelo Portal, a Secretaria Municipal de Assuntos Viários (Semav) e a empresa Prudente Urbano decidiram radicalizar e suspender o serviço de transporte coletivo no fim de semana. Os ônibus param a partir das 14h de sábado e retornam a circular apenas na segunda-feira (28), com 50% da frota nas ruas.
Não agradou
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Prudente, Ricardo Anderson Ribeiro, a medida pode causar prejuízo aos comerciantes, que já enfrentam problemas com a crise econômica que assola o país.
"A posição da Acipp é que seria de bom senso o fechamento do comércio até as 15 e que os ônibus trabalhassem até às 16h. Se fecha meio dia, vai perder três horas de vendas numa situação onde o comércio está atravessando problemas de faturamento e as contas não param de chegar. Quero saber quem vai pagar o aluguel no final do mês", reclama.
Segundo ele, faltou diálogo com todas as entidades para a oficialização da medida. "Essa é uma questão que deveria ter sido discutida antes. Não vejo que duas horas a mais para os ônibus fariam tanta diferença. Resolveria o problema do comércio. Se não tivesse jeito, pelo menos até às 13h", pontua o presidente da Acipp.
"As duas partes teriam que ceder. A empresa de ônibus colocaria os ônibus mais focados para a área central para levar o pessoal para a casa e parava às 16h. Este é o posicionamento da Associação Comercial, que ficaria bom para todo mundo", finaliza.
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