Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Sem promessa assinada, motoristas avisam que greve será mantida

Categoria exige presença de representantes da Prefeitura e Prudente Urbano

ROGÉRIO MATIVE

Em 29/06/2021 às 07:29

Pelo segundo dia, frota de ônibus não deixou a garagem da empresa

(Foto: Sérgio Borges/NoFoco)

A concessionária Prudente Urbano apostou, mais uma vez, em liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para obrigar os motoristas a retomarem o transporte coletivo em, ao menos, o percentual mínimo de 35% da frota. Contudo, a categoria decidiu que não encerrará a greve sem uma proposta assinada com a presença de representantes da Prefeitura de Presidente Prudente e da empresa.

Nesta terça-feira (29), a paralisação do serviço chega ao seu 14º dia, sendo o segundo com todos os ônibus na garagem. Desta forma, a população conta com apenas 20 vans escolares que realizam o transporte emergencial em algumas partes da cidade.

Apesar de junho chegar ao fim, os funcionários da Prudente Urbano ainda não receberam o salário de maio, além do adiantamento salarial e vale-alimentação deste mês. Em alguns casos, há férias parceladas do ano passado "penduradas".

A liminar

Sem citar o volume de benefícios atrasados aos trabalhadores, o desembargador do TRT-15, Eder Sivers, concedeu liminar em favor da empresa para que o transporte seja retomado em 35% da frota nos horários normais e de 50% nos horários de pico, sob pena de execução de multa diária.

Na decisão, Sivers cita que a Prudente Urbano não cumpre com a obrigação de pagamento "em razão de comprovadas dificuldades financeiras". Porém, não impôs penalidades à concessionária ou fixou prazos para a quitação dos valores pendentes.

Não voltam

De acordo com a categoria, nenhuma liminar foi entregue em mãos por oficial de Justiça. Em assembleia realizada na madrugada desta terça, os trabalhadores decidiram que retomarão o serviço apenas com uma proposta de pagamento concreta e oficial, assinada e entregue pessoalmente por representantes da Prudente Urbano e Prefeitura na porta da garagem.

Errou a esfera judicial ao pedir mais

Além do fim da greve, a Prudente Urbano solicitou ao Tribunal Regional do Trabalho que fosse determinada a antecipação de reequilíbrio econômico financeiro do contrato com a Prefeitura de Prudente. O assunto já é tema de disputa na Vara da Fazenda Pública.

"Por fim, não prospera o pedido requerido pela empresa suscitante em documento de id e1f929f, no sentido de que seja determinada a antecipação de reequilíbrio econômico financeiro do contrato havido com o município de Presidente Prudente, eis que se trata de objeto de ação cível ajuizada no Tribunal de Justiça de São Paulo e, por lógico, esta C. Trabalhista não detém competência quanto ao tema", pontua o relator.

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