ROGÉRIO MATIVE
Em 17/06/2021 às 10:19
Transporte coletivo sofre a segunda paralisação em menos de um mês
(Foto: Rogério Mative)
Além da greve desencadeada pelos funcionários, o que fez reduzir drasticamente o número de ônibus nas ruas, a população que depende do transporte coletivo vê seu sofrimento aumentar nesta quinta-feira (17). Com a determinação imposta por decreto municipal, passageiros não poderão viajar em pé e, com isso, muitos estão ficando para trás diante da recusa dos motoristas.
Para evitar aglomerações e tentar frear o novo pico da pandemia na cidade, a Prefeitura determinou que a Prudente Urbano deverá transportar apenas passageiros sentados nos horários de pico: 7h às 9h e 17h às 20h.
Na prática, a concessionária deveria disponibilizar maior número de veículos. Contudo, decidiu pedir a "compreensão" da população por meio das redes sociais diante da segunda paralisação do transporte.
Desde as primeiras horas dessa quarta-feira (16), circula apenas 35% da frota em horários normais e 50% em horários de pico, o que já é insuficiente para atender a demanda atual.
Ao negar o embarque de passageiros, a Prudente Urbano busca evitar a multa de R$ 1.196,91 por ônibus autuado.
Sofrimento sem fim
"Eu não sei mais o que fazer. Vou acabar perdendo o emprego, pois não consigo mais chegar no horário. Agora, mais essa. Não tenho dinheiro para gastar em Uber", reclama a diarista Joseane de Lima, 45 anos.
Já o auxiliar geral Lucas de Almeida, 27 anos, cobra providências 'enérgicas' do Poder Público. "Acho que não dá mais né. Todo esse tempo e só piora a nossa vida. É ser enérgico e tirar essa empresa. Não dá mais para ficar assim", desabafa.
Outro problema relatado é a falta de informação sobre as linhas em funcionamento e horários.O site da empresa, por exemplo, passa por instabilidade e apresenta desconfiguração de páginas.
"Não não para saber nem qual ônibus pegar, se vai ter daqui uma hora, três horas. Ou se não vai passar nada. Como a gente faz", protesta o vendedor Josias Pereira Batista, 48 anos.
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