Da Redação
Em 26/10/2024 às 21:15
Aulas teóricas e práticas aconteceram no parque agrícola da unidade
(Foto: Cedida/SAP)
Em Presidente Venceslau, uma parceria entre a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (FUNAP) e a Universal nos Presídios (UNP) ofertou curso de “Piscicultura – Produção e Tratamento para Peixes” para 30 reeducandos que cumprem pena no regime semiaberto da Penitenciária I “Zwinglio Ferreira”.
O curso tem duração de 24 horas, distribuídas em sete dias. As aulas teóricas e práticas aconteceram no parque agrícola da unidade, que conta com uma represa e um tanque de peixes. De acordo com o professor José de Carvalho Neto, os reeducandos aprendem técnicas de manejo, desenvolvimento, limpeza e produção.
“Damos maior destaque à tilápia, espécie que se adapta bem às variações climáticas”, comenta. O professor explica que a produção do peixe pode levar de 180 a 190 dias, até que esteja pronto para comercialização.
Para que o processo ocorra com resultado positivo é preciso seguir técnicas adequadas. “A tilápia, por exemplo, produz o ano todo. O piscicultor deve estar atento desde o manejo dos alevinos, quanto à alimentação em cada fase de desenvolvimento e ao mercado consumidor”.
"A participação dos reeducandos em cursos como os que são ofertados oferecem oportunidade para que os mesmos adquiram novas habilidades, ampliando as possibilidades para gerar renda e prover o sustento de suas famílias. A qualificação para o trabalho é uma maneira eficaz de reintegração social da pessoa privada de liberdade”, afirma o diretor técnico do presídio, Claudinei dos Santos.
Oportunidade
As ações que promovem aquisição de conhecimento por parte dos custodiados integram as estratégias de reinserção desses indivíduos à sociedade, para quando estiverem em liberdade. O acesso à qualificação profissional é ferramenta para que possam estar preparados para o mercado de trabalho, com novas habilidades.
“É importante lembrar como é bom aprender algo em nossas vidas e como isso pode mudar nossas escolhas. Aprender piscicultura exige determinação, tempo e cuidados especiais”, comenta o reeducando “Antonio” (nome fictício).
“João” (nome fictício) enfatiza que o curso não ensina somente a produção do peixe, mas também a empreender. “Conhecimento nunca é demais. Foi muito bom fazer esse curso”, comenta.
Os alunos que concluem o curso recebem apostila e certificado emitido pela Faculdade Fanduca, que é válido em todo território nacional.
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