Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

"Pessoas pequenas", escrito por João Bosco Leal

*João Bosco Leal

Em 10/02/2016 às 13:32

(Foto: Ilustração)

"Se o passado de uma pessoa fosse o seu passado, se a dor dessa pessoa fosse a sua dor, se o nível de consciência dela fosse o seu, você pensaria e agiria exatamente como ela. Ao compreender isso, fica mais fácil perdoar, desenvolver a compaixão e alcançar a paz." - Eckchart Tolle.

Procurando conhecer seu passado, saber de suas alegrias, tristezas e dores, os especialistas tentam entender o comportamento de pessoas que possuem algum distúrbio psicológico, desde as bipolares até as permanentemente ou por um período desequilibradas, que passam por momentos de ansiedade, de euforia, ou agem de forma distinta da socialmente esperada.

Sem nenhum conhecimento técnico sobre o assunto, imagino como deve ser difícil desvendar mistérios e, através do entendimento de traumas passados, buscar ajuda para pessoas que por algum motivo se tornaram o que são ou como se comportam.

Penso, entretanto, que certos comportamentos não podem ser explicados, ou desculpados por experiências anteriormente vividas, pois tenho conhecido pessoas que brincando ou sérias são infantis, desagradáveis ou até agressivas em sua vida social, no relacionamento com terceiros.

Algumas, emocionalmente desestabilizadas, tomam atitudes que não acrescentam nada à vida de ninguém ou à própria, mas outras são realmente más e fingindo-se emocionalmente fracas, conscientemente articulam criando falsas histórias para prejudicar pessoas.

Outras, mesmo fisicamente grandes e fortes, são pequenas ou até insignificantes em suas atitudes e caráter e aproveitando-se de todos saberem de seus problemas, agem como se estivessem desequilibradas mesmo em seus momentos de sanidade.

Independentemente de sua situação cultural, educacional, econômica ou social, elas normalmente terminam sua história com vergonha de seu passado ou percebendo que nada de útil construíram e, quando fazem uma autoanálise sentem-se frustradas e, no seu mais profundo íntimo, percebem sua inutilidade.

Sempre me disseram: "Não espere atitudes dignas ou nobres de pessoas que são pobres de espírito" e realmente não é difícil perceber que pessoas assim que tentam impor suas ideias, desejos e fantasias mesmo sabendo-as indignas, com gritos, lutas e todas as armas - geralmente sujas - que dispõem e em seus momentos de lucidez.

Posteriormente, percebendo o que fizeram muitas vezes se arrependem, mas geralmente agiram com tanta sujeira e covardia que seus pedidos de desculpas, súplicas não a tranquilizarão, pois o que te deixa em paz e feliz é o que silenciosamente diz para si mesmo e o permite dormir tranquilo, e não o que diz de sua boca para fora.

Pessoas assim, que nunca criaram ou produziram nada, que viveram à custa, explorando ou tentando prejudicar outras, cultivam ressentimentos e mágoas, não permitindo a cicatrização de suas feridas e não percebem que com suas calúnias e difamações, provocam o crescimento daquelas que pretendiam prejudicar, pois como as ostras que da cicatriz de suas feridas produzem pérolas, os feridos por palavras rudes, acusados injustamente, que receberam duros golpes ou foram injustiçados, sempre se fortalecem com suas experiências.

Esse fortalecimento, o crescimento humano, machuca ainda mais aqueles que vivem de articulações maldosas com a finalidade de prejudicar aqueles que em seu íntimo, admiram exatamente por sua força.

Os fortes não se igualam a pessoas que parecem árvores secas ou ostras vazias que, por nada produzirem, odeiam os frutos alheios.

*João Bosco Leal é jornalista, escritor e produtor rural

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