DEM é escolhido por possível candidatura a deputado estadual
ROGÉRIO MATIVE
Em 24/06/2017 às 13:11
Atualmente, Tupã é gerente do Núcleo Regional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), em Presidente Prudente
(Foto: Arquivo/Portal)
Como prometido no fim do seu segundo mandato como prefeito de Presidente Prudente, Milton Carlos de Mello (Tupã) descartou a aposentadoria na política e já planeja as eleições de 2018. Por uma vaga como deputado estadual, ele deixou o PTB e, a partir de 1º de julho, estará filiado ao Democratas (DEM), em evento marcado às 9h30, na Sede dos Engenheiros.
Filiado ao PTB por mais de 10 anos, quando ainda era secretário municipal de Obras na gestão de Agripino de Oliveira Lima Filho - seu padrinho político -, Tupã entendeu que não teria espaço na sigla devido a forte presença na região do deputado estadual Campos Machado, presidente do Diretório Estadual, rechaçando a ideia de lançar candidatura à Câmara Federal.
Segundo apurou o Portal, Tupã terá maior visibilidade no DEM e poder de escolha. Ou seja, candidatar-se como deputado estadual no próximo ano. De quebra, evitará mal-estar com o PSDB, que o apoiou nos últimos anos e deve contar com nova briga interna na escolha de nomes.
Nos bastidores, é cogitada a candidatura do ex-deputado estadual Mauro Bragato, apesar dele permanecer inelegível após condenação em última instância. O deputado federal Izaque Silva também acena com o desejo pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) visando estar mais próximo de sua base eleitoral.
Atualmente, Tupã é gerente do Núcleo Regional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), em Presidente Prudente. O núcleo é ligado à Superintendência Habitacional do Interior. O órgão é controlado pela Secretaria Estadual de Habitação, que é comandada por Rodrigo Garcia (DEM).
Chancela
Na próxima segunda-feira (26), a Câmara Municipal de Presidente Prudente terá sua sessão ordinária - a última do semestre - voltada para a discussão das contas do município relativas a 2014, na gestão de Tupã.
A aprovação das contas pode chancelar a candidatura do ex-prefeito nas próximas eleições caso o Legislativo acompanhe o parecer favorável emitido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP).
São necessários nove votos para rejeição das contas através de votação nominal. Conforme apuração da reportagem, apenas o PSB - com três vereadores no Legislativo - estaria propenso a impor obstáculos já que é de competência da Câmara julgar contas de prefeito, apesar de parecer do TCE, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.
A desaprovação das contas pela Câmara Municipal gera inelegibilidade, cabendo ao Tribunal de Contas apenas auxiliar o Legislativo emitindo parecer prévio e opinativo, que somente poderá ser derrubado por decisão de 2/3 dos vereadores.
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