Rogério Mative
Em 16/10/2020 às 16:23
Decisão ocorre após a diretoria local ignorar uma resolução do partido emitida no último dia 9
(Foto: Arquivo)
A tentativa de abandonar a coligação formada com o PSB e juntar-se ao concorrente PSD custou caro para a diretoria executiva provisória do PP de Presidente Prudente. Comandada pelo candidato a vereador Pablo Danilo, até então, ela foi dissolvida em ato assinado pelo presidente estadual da sigla, deputado federal Guilherme Mussi. A medida já foi publicada no sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP).
A decisão ocorre após a diretoria local ignorar uma resolução do partido emitida no último dia 9. Nela, foram fixadas diretrizes que deveriam ser seguidas pela comissão provisória. Entre elas, a manutenção da coligação com o PSB, de Ed Thomas e Izaque Silva, pela disputa majoritária.
No documento, o secretário geral da Executiva Estadual, Augusto Machado Diniz Júnior, avisou que o descumprimento acarretaria "ofensas às normas de fidelidade e disciplina partidárias, puníveis com a dissolução da comissão provisória, impedimento de lançamento de candidaturas, expulsão, entre outras situações de ordem partidária".
Não ouviu
Apesar do aviso, a comissão local seguiu com os planos de aliança com o PSD e, nos últimos dias, lançou a marca da campanha dos candidatos Paulo Lima e Padre Milton nas propagandas dos vereadores do PP.
A desobediência culminou com a inativação da comissão municipal em ato registrado no sistema do TRE-SP, na quarta-feira (14). Com Pablo Danilo, outros nove membros do órgão provisório foram destituídos.
Conforme apurou o Portal, o PP deve entrar com pedido de expulsão de Pablo Danilo do quadro de filiados e promover a formação de uma nova comissão provisória do partido na cidade.
"Está tranquilo"
Ouvido pela reportagem, Pablo Danilo diz que não foi comunicado da decisão da diretoria estadual. Contudo, afirma estar despreocupado sobre uma possível expulsão devido o ato praticado. "Eu não vivo de política. Tem um monte de partido que me quer. Se for expulso, vou para o partido que me quer", frisa.
"Não fiz nada de ilegal ou contra a lei. Fizemos uma coligação que não deu certo. Pedimos para quebrar a ata dentro do prazo", alega.
Em relação aos candidatos a vereador lançados pelo partido, ele acredita que não haverá mudanças. "Vai continuar do mesmo jeito. Acredito que vai ter uma chapa que vai assumir o partido. Vou perder o diretório, só isso que vai acontecer", pontua.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Portal Prudentino.