Da Folha
Em 28/07/2011 às 18:15
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou nesta quinta-feira que a presidente Dilma Rousseff tem discutido nos últimos dias currículos com o ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes) para definir a nova direção do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Segundo Carvalho, serão nomes técnicos e o processo de escolha não tem sido tratado com lideranças do PR, que controla o setor desde o governo Lula.
Carvalho confirmou que a presidente pretende anunciar os novos nomes do Dnit no início da próxima semana. Ontem, a presidente discutiu a reestruturação da autarquia diretamente com Passos. Dos sete diretores, apenas um ainda continua na cúpula do Dnit depois das denúncias de superfaturamento e pagamento de propina no setor de Transportes que derrubou 20 pessoas.
"A presidente está com muito cuidado, analisando as alternativas, preocupada que não se demore muito esse processo de recomposição do Dnit, do próprio ministério e da Valec. O cuidado é para que de fato sejam pessoas que juntem idoneidade com a competência técnica."
O ministro reforçou que a presidente quer nomes técnicos. "Absolutamente como deve ser no Dnit que é um órgão técnico, a escolha da presidente é técnica."
Carvalho disse que não haverá "caça às bruxas" e que a substituições dos superintendentes estaduais dependerá do novo comando do Dnit.
O ministro descartou problemas com o PR pela exclusão do processo de reestruturação. Ele ainda fez elogios ao partido e disse que outros partidos, como o próprio PT, já tiveram problemas.
"Já estamos falando com várias lideranças e ao que tudo indica o PR continua na base, vamos discutir de forma madura nossa relação com esse partido que é um partido feito por gente idônea e por gente que quer o bem do país."
Carvalho afirmou que a presidente não está pretendendo estender a "faxina" que fez nos Transportes. "Tem que ficar muito claro uma coisa: a presidente, até que prove o contrário, confia em seus ministros e nos assessores que servem o governo. Evidente, como governo sério, onde houver denúncia não haverá contemplação no sentido de que a denúncia será verificada. Não haverá caça as bruxas, pré-julgamento, nenhuma precipitação", disse.
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