PSDB, DEM, PPS e P-SOL definiram nesta terça-feira (7) a estratégia que adotarão a
partir da decisão do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de
arquivar representação que pedia a abertura de investigação sobre o
aumento de patrimônio do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. A
primeira providência será recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF),
caso o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anule a convocação do
ministro, aprovada na semana passada pela Comissão de Agricultura da
Casa.
“Esperamos que ele referende a decisão soberana na comissão. Se, por
acaso, não o fizer, a oposição vai ao Supremo”, afirmou o presidente do
DEM, senador José Agripino Maia (RN). Ele e o líder do PSDB no Senado,
Álvaro Dias (PR), não pouparam críticas à decisão de Gurgel.
Agripino disse que a recusa do procurador em investigar Palocci “abriu a
porta para a impunidade, que é o pior dos males do Brasil”. Já Álvaro
Dias ressaltou que Gurgel não é infalível em suas decisões. Neste caso,
especificamente, “a ação dele é de falibilidade absoluta”, assinalou o
tucano.
Hoje, de acordo com o líder do PSDB, a oposição protocolou na
Procuradoria-Geral da República nova representação contra Palocci. Nela,
os partidos requerem a abertura de investigação sobre as denúncias de
que o ministro reside, em São Paulo, em um apartamento alugado que teria
como donos “laranjas”, ou seja, pessoas usadas por terceiro para omitir
o verdadeiro proprietário do imóvel.
Agripino acrescentou que representações também serão encaminhadas ao
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, à Justiça de São
Paulo e à Justiça Federal em São Paulo. Ao todo, ele disse que são seis
representações.