Da Redação
Em 11/04/2023 às 14:04
De acordo com o edital de licitação, o consórcio deve investir em torno de R$ 22,5 milhões nos três primeiros anos de concessão
(Foto: SÉRGIO BORGES/NOFOCO)
Apesar de toda a propaganda feita pelo Governo do Estado em relação à modernização dos aeroportos em todo o Estado de São Paulo, o Consórcio Aeroportos Paulista adianta que ampliará o Aeroporto Estadual “Adhemar de Barros”, em Presidente Prudente, apenas com aumento do número de passageiros.
De acordo com o edital de licitação, o consórcio deve investir em torno de R$ 22,5 milhões nos três primeiros anos de concessão. Outros R$ 29,5 milhões distribuídos ao longo do contrato de 30 anos da concessão.
Reclamações
Em sessão extraordinária dessa segunda-feira (10), os vereadores aprovaram requerimento expondo problemas relacionados ao aeroporto, que demanda de investimentos e melhorias.
"Foi divulgado recentemente que o referido consórcio, em que pese a promessa de investimentos vultuosos, adiantou em reunião com empresários de Presidente Prudente e região que investimentos grandes, como ampliação do terminal, somente serão efetivados com aumento de demanda de passageiros", diz o Legislativo.
Contudo, a Câmara de Prudente ressalta que o consórcio “tem tomado medidas que afastam passageiros, como o aumento substancial da taxa de pernoite das aeronaves em solo prudentino, o que acarretou na fuga das companhias aéreas, que retiraram seus voos do início da manhã, ainda do final da madrugada”.
De acordo com o requerimento assinado por todos os vereadores, esta majoração acarretou “em prejuízos para a população de todo o Oeste Paulista, além do Noroeste do Paraná e Sudeste do Mato Grosso do Sul”.
“Somente na capital regional, o setor hoteleiro tem perdido valores substanciais, pois ocorre a diminuição do chamado turismo de negócios, bem como atrapalha na logística de negociação do produto local”, ponderaram os parlamentares.
Além disso, os vereadores ressaltam que o aeroporto prudentino é um dos mais movimentados do interior do Estado de São Paulo. “Mas estas mudanças devem acarretar numa perca maior de passageiros e, consequentemente, de outras opções de voos”, reforçaram.
A Câmara Municipal ainda cita outro ponto abordado por empresários, que é o aumento do aluguel dos hangares. “Outra medida foi também majorar de forma exponencial o valor de locação dos hangares, o que pode acarretar na fuga de empresários para outras cidades próximas, que possuem aeródromos particulares”.
“Por isso, os empresários e usuários do transporte aéreo solicitam o apoio político da Câmara Municipal de Presidente Prudente e das Câmaras Municipais da região, no sentido de que o consórcio vencedor do certame para operar o Aeroporto Estadual, reveja as medidas tomadas o quanto antes”.
O requerimento aponta que devem ser oficiados para buscar uma solução para este problema o Consórcio Aeroportos Paulista, empresa composta pela Socicam e pela Dix Empreendimentos; bem como o Governo do Estado de São Paulo, através da Casa Civil e Secretaria Estadual dos Transportes, “para que atendam a justa reivindicação dos setores empresariais e dos usuários do Aeroporto Estadual de Presidente Prudente, para que reveja as medidas tomadas o quanto antes”.
Por fim, será encaminhada cópia às Câmaras Municipais da Alta Paulista, Nova Alta Paulista e Alta Sorocabana, além do deputado estadual Mauro Bragato, da Associação Empresarial de Presidente Prudente e da União das Entidades de Presidente Prudente (UEPP).
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