Índices de aleitamento materno no HR estão aumentando, aponta levantamento
Da Redação
Em 20/04/2021 às 11:29
Índices de aleitamento materno no Hospital Regional estão aumentando, aponta levantamento
(Foto: AI/HRPP)
Está nas mãos do prefeito Ed Thomas (PSB) a decisão de sancionar a lei que garante isenção de taxa de inscrição em concursos públicos para doadoras de leite humano. O projeto foi aprovado, por unanimidade, pelos vereadores durante sessão ordinária dessa segunda-feira (19).
De autoria da vereadora Nathalia Gonzaga da Santa Cruz (PSDB), a proposta prevê que todas todas as mulheres doadoras de leite humano ficam livres do pagamento da taxa de inscrição em certames municipais.
Para tal, será necessária a apresentação de documentos que comprovem a veracidade das informações prestadas pela candidata.
Lista crescendo
Atualmente, estão isentos da taxa doadores de órgãos e tecidos, estudantes, desempregados e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do pagamento da taxa, como também beneficia pessoas transplantadas e doadores de rins.
A lista ainda conta com voluntários que servirem nas eleições e doadores de sangue.
Índice de aleitamento com alta
Já os índices de aleitamento materno no Hospital Regional de Presidente Prudente ‘Dr. Domingos Leonardo Cerávolo’ estão aumentando. Conforme levantamento realizado na unidade, entre as 337 mamães que tiveram seus bebês nos primeiros três meses deste ano, 286 dedicaram-se à amamentação exclusiva aos pequenos, ou seja, cerca de 85%.
Segundo o médico pediatra e neonatologista Murilo Sabbag Moretti, este é um índice que vem se elevando nos últimos anos. “É um trabalho conjunto com a equipe médica e multiprofissional no Hospital Regional. Durante todo o ano de 2019, das 1.151 mamães que passaram pelo HR, 800 aderiram somente ao leite materno, totalizando 69,5%. Já no ano passado, este número saltou para 76,8%, tendo em vista que das 948 mamães que tiveram seus filhos na unidade, 728 dedicaram-se ao leite materno exclusivamente, sem uso de fórmulas nutricionais”, diz.
Além disso, Moretti ressalta que crianças amamentadas têm menos alergias, infecções, diarreias, doenças respiratórias virais e bacterianas. “Estes pequenos possuem menores chances de desenvolver diversas doenças, e, apesar de não existir ainda nenhum estudo específico comprovado e conclusivo em relação à covid-19 e o leite materno, sabemos que ele é rico em anticorpos, que são responsáveis pelas defesas do organismo contra as doenças infectocontagiosas”.
Leite padrão ouro
O leite materno é o “padrão ouro” da alimentação, é o alimento mais completo para o bebê e tem tudo que ele precisa para se desenvolver de forma saudável até os seis meses de vida. De acordo com a enfermeira coordenadora do setor de Ginecologia e Obstetrícia da unidade, Daniela Primolan, a partir dos seis meses, a orientação é para que o bebê continue mamando até os dois anos ou mais e seja introduzida a alimentação complementar saudável.
“É um trabalho de ‘formiguinha’ que se inicia ali no Centro Obstétrico. Na primeira meia hora de vida já colocamos este bebê para amamentar e estendemos esta orientação e incentivo até o momento da alta”, explica.
Empoderamento da amamentação
Para a fonoaudióloga Mariana Passos Rodrigues, a amamentação também empodera a mulher, pois é um ato legítimo que tem um impacto importante para a saúde como um todo.
“Aqui no HR, a fonoaudiologia atua diretamente no manejo clínico das dificuldades que a puérpera possa encontrar neste processo em relação à pega adequada, postura, função de sucção, e etc. Nós também incentivamos as mamães a doarem leite para o Banco de Leite Humano do Município, pois, o leite materno é importante para os bebês, principalmente, para aqueles que estão internados e não podem ser amamentados pela própria mãe. É importante frisar que o aleitamento materno constrói um vínculo afetivo enorme para mãe e filho e estamos aqui para reforçar ainda mais este laço”, enfatiza.
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