Da Redação
Em 26/01/2022 às 12:30
Atualmente, a taxa de ocupação está em 76%, porém, mais da metade das vagas foram desativadas no fim do ano
(Foto: Arquivo)
A Câmara Municipal de Presidente Prudente cobrou do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) intervenção junto ao Governo do Estado de São Paulo para o aumento do número de leitos disponíveis de UTI com atendimento exclusivo de casos de Covid-19. Atualmente, a taxa de ocupação está em 76%, porém, mais da metade das vagas foram desativadas no fim do ano.
A solicitação foi realizada por meio de ofício assinado pelo presidente do Legislativo, Demerson Dias (PSB). No documento, a Câmara Municipal também pede que a Promotoria visite pessoalmente hospitais da região para contrapor o que é informado pelo Departamento Regional de Saúde (DRS-XI) sobre a real quantidade de leitos disponíveis da região e “a situação na ponta”.
A questão abordada junto ao MP-SP também foi encaminhada para a própria direção do DRS-XI, bem como para o Conselho Municipal de Saúde. “Este vereador recebeu a informação de que são mantidos apenas leitos de UTI exclusivos para Covid-19 em outras cidades da região, como Presidente Venceslau, Presidente Epitácio e Dracena, mas na capital regional os mesmos foram desativados”, cita.
“O Departamento Regional de Saúde aponta uma existência de vagas disponíveis nestes hospitais da região, mas, na prática, estas unidades estão com os leitos completamente ocupados”, alerta o vereador.
Dias lamenta que pacientes de Presidente Prudente, “quando existem as vagas”, “são transferidos para cidades menores e sem a mesma estrutura médica e hospitalar que existe na capital regional ou ficam internados nas UPAs da cidade. "Ao contrário do que deveria ocorrer, já que é a maior cidade da região".
No ofício, ao citar o assunto como “uma grave questão de saúde pública”, Demerson Dias ressalta o aumento do número de casos de contaminação pela doença, além da variante Ômicron.
“Dados, aliás, que podem ganhar novos contornos nas próximas semanas com o fim das férias, retorno de estudantes de universidades, além de crianças e adolescentes de volta às aulas”, pondera.
Demerson Dias também menciona que o próprio Ministério Público recomendou ao município a intensificação da fiscalização em eventos, locais de festas, shows, bailes e em estabelecimentos comerciais; e, ainda, que o MP-SP citou o aumento da demanda nos serviços primários de saúde realizados pelo município por meio das duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
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