ROGÉRIO MATIVE
Em 30/04/2024 às 09:04
Parecer foi pelo arquivamento, sendo aprovado pelo plenário sob votação nominal
(Foto: Maycon Morano/AI)
Pela terceira vez em menos de dois anos, a Câmara Municipal de Presidente Prudente rejeitou tentativa de cassação do prefeito Ed Thomas (MDB). Desta vez, o pedido era relacionado ao emprego de verba impositiva em reparos de uma unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF), na Vila Marcondes.
Contra a denúncia, a Prefeitura sustenta que o valor da emenda parlamentar foi empenhado, sendo aguardada a ordem de serviço para início dos trabalhos. A demora no processo é justificada pela inabilitação da única empresa vencedora do certame por não atender critérios técnicos exigidos no edital.
Sem margem
Na noite dessa segunda-feira (29), foi lido o parecer da Comissão Processante (CP) sobre o pedido de cassação. O apontamento foi pelo arquivamento, sendo aprovado pelo plenário sob votação nominal.
A Comissão Processante foi composta pelos vereadores Miriam Brandão Ribeiro (presidente), Professor Negativo (relator) e Nathália Barbosa Gonzaga da Santa Cruz (membro).
O suplente Luis Fernando Pinheiro Gesse foi convocado para votação, já que o denunciante foi o vereador Mauro Neves. O presidente da Casa, Tiago Oliveira, votaria apenas em caso da necessidade de desempate.
Pelo arquivamento, votaram a favor os vereadores Douglas Kato, Ivan Itamar, Joana D’arc, Professor Negativo, Fernando Gesse, Miriam Brandão, Nathália Barbosa Gonzaga e Wellington Bozo.
Já os parlamentares Demerson Dias, Enio Perrone, Joãozinho da Saúde e William Leite votaram para rejeitar o parecer e dar continuidade ao processo.
Pela terceira vez
Esta não foi a primeira vez em que Mauro Neves tentou emplacar a cassação de Ed Thomas. Nas outras duas vezes, também teve seus pedidos rechaçados pelo plenário da Câmara Municipal.
Em fevereiro do ano passado, o Legislativo arquivou uma denúncia formulada por Neves por possível ato de improbidade administrativa na nomeação do então gerente executivo do Atende Prudente, Vander Jonas Martins, que respondia anteriormente pela chefia de Gabinete.
Após dois meses, o parlamentar teve outro pedido frustrado. Na ocasião, alegou suposta infração político-administrativa pelo não cumprimento das diretrizes orçamentárias de 2022, com base em aquisições de 12 equipamentos de ar-condicionados para unidades escolares com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Para ele, a emenda impositiva de sua autoria deveria ser atendida por meio de orçamento municipal.
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