Câmara-PP realiza primeira sessão aberta ao público deste ano
ROGÉRIO MATIVE
Em 02/08/2021 às 13:02
Parlamentar argumenta que o túnel se transformou em "ícone do desenvolvimento urbano e prosperidade"
(Foto: Reprodução/Google Maps)
Sem contar com nenhum fato relevante desde sua implantação, o túnel feito sob os trilhos da linha férrea para a passagem de pedestres na travessia entre a Vila Marcondes e o Centro pode ganhar o 'status' de patrimônio histórico cultural imaterial em contraste com sua simplicidade e a história apagada para a construção do Viaduto Comendador Tannel Abbud.
A ideia é da vereadora Joana D'arc (PSB), que propôs projeto de lei para o tombamento histórico do local. A propositura será debatida em sessão ordinária na noite desta segunda-feira (2), na Câmara Municipal de Presidente Prudente.
Em seu primeiro mandato no Legislativo, a parlamentar argumenta que o túnel se transformou em "ícone do desenvolvimento urbano e prosperidade" ao facilitar a locomoção de milhares de prudentinos.
"O túnel passou por reformas e melhorias, acabou abandonado por algum tempo, mas ainda se viu útil aos transeuntes nos dias atuais. A Vila Marcondes junto ao Centro [antiga Vila Goulart] são os bairros mais antigos de Presidente Prudente, e muitos locais e construções nessa região são dignos de tombamento histórico e cultural", defende.
Para ela, o túnel deve ser transformado em espaço cultural. "Sem a utilização da linha férrea todo o espaço em torno do túnel deverá ser revitalizado para fins culturais, podendo assim, este túnel preservado se transformar um espaço de visitação e até parte de um museu", acredita.
História apagada
Com empréstimos contraídos com o extinto Banco Nacional de Habitação, o projeto do túnel de passagem de pedestres fez parte da intervenção urbana por "maior acessibilidade" com a construção do viaduto na década de 1970, durante a gestão do ex-prefeito Paulo Constantino. Na época, o Programa Comunidade Urbana de Recuperação Acelerada (Cura) também contemplou a criação do Parque do Povo, além de obras de saneamento na cidade.
Para a intervenção visando a ligação entre a área central e bairros da zona leste, foi apagada parte da história da cidade, com a descaracterização de duas praças: a da Bandeira (que abriga atualmente o Camelódromo) e a Anchieta, onde está localizado o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Fontes, lagos e demais espaços de lazer foram destruídos para o avanço dos equipamentos públicos.
Ao longo do tempo, foi cenário de vandalismo, roubos e depósito de urina. Por fim, antes de ser fechado para a reforma do shopping popular, ganhou um painel de grafitagem em suas paredes.
Sessão com população presente
A partir desta segunda-feira, novamente a partir das 20h, após um ano e meio da pandemia da covid-19, o Legislativo reabre ao público. Esta será a primeira sessão da atual legislatura aberta para a participação popular.
O limite de espaço será de 50% da capacidade do Plenário “Dr. Francisco Lopes Gonçalves Correia”, no Prédio Público “Dr. Pedro Furquim”.
Além disso, a partir das 14h, as Comissões Permanentes voltam a se reunir para avaliar e deliberar sobre os projetos que estão em tramitação
Capacidade de 50%
Cabe ressaltar que, em que pese o Plano São Paulo ter flexibilizado em até 80% de ocupação nesta semana, a Câmara Municipal de Presidente Prudente, com apoio da Vigilância Sanitária, decidiu por liberar, neste momento, até 50% da ocupação do plenário.
Na última semana, a pedido da Mesa Diretora, fiscais do órgão estiveram no prédio para olhar as dependências e orientar sobre o uso obrigatório de máscaras e a presença de álcool em gel.
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