Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Rainha tem prisão decretada em outro esquema apurado

Agora ele será encaminhado para o CDP de Caiuá, onde fica até finalizar o processo

Thiago Ferri

Em 24/06/2011 às 17:28

(Foto: Arquivo/Thiago Ferri)

A Justiça Federal de Presidente Prudente decretou nesta sexta-feira (24) a prisão preventiva do líder sem-terra José Rainha Junior e mais oito pessoas até o fim do processo que investiga um esquema  que teria desviado R$ 212 mil de verbas enviadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a Cooper-Bioeste, uma cooperativa que implementa programa de biodiesel em assentamentos do Pontal do Paranapenema.

Rainha está detido temporariamente na Polícia Federal de São Paulo em função de outra investigação que apura o desvio de cerca de R$ 5 milhões também do Incra - os R$ 212 mil estariam incluídos aí. Ele e outros oito foram presos no último dia 16, durante a Operação Desfalque da PF.

Essa primeira prisão temporária do líder sem-terra vence neste sábado (25) e, mesmo que não seja transformada em preventiva pela investigação, ele vai seguir preso em função do outro processo, cuja preventiva foi decretada hoje.

A princípio, segundo a PF, Rainha vai seguir em São Paulo prestando esclarecimento para Operação Desfalque. Depois, ele deve ser encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá, onde deve ficar até a conclusão das investigações.

Além de Rainha, outros que também foram detidos na operação tiveram a prisão temporária decretada pela Polícia Federal e devem seguir para Caiuá.  Os nomes não foram divulgdos.

Nesta sexta-feira, já foram detidas Cristina da Silva, Cássia Maria Alves dos Santos e Kelly Crisley Gazola, que foram encaminhas à Cadeia Feminina de Adamantina. Já Wagmar Nunes da Silva não foi encontrado e é considerado foragido da Justiça.

O caso

A denúncia apurada pela Justiça Federal começou com investigação da Polícia Federal que apontou o desvio de pelo menos R$ 212 mil que seriam usados para capacitação de assentados participantes do programa de biodiesel, em Teodoro Sampaio.

A verba foi depositada diretamente na conta da Associação Amigos de Teodoro Sampaio. O rastreamento feito pelos policiais mostrou que no dia 20 de fevereiro de 2009 o dinheiro foi transferido para a conta da Cooperativa de Produção de Biodiesel do Oeste Paulista, que funcionaria em outra casa, também em Teodoro Sampaio.

Em depoimento, uma funcionária da agência do Banco do Brasil da cidade confirmou que José Rainha Júnior estava junto com os integrantes da associação e da cooperativa quando o pedido de transferência foi feito.

Outro fato apontado na investigação é que cinco dias depois, seis cheques da cooperativa foram emitidos. São nos valores R$ 75 mil, R$ 56,5 mil, R$ 30 mil, R$ 25 mil, R$ 20 mil e R$ 5,5 mil. Todos  somam R$ 212 mil.

Com exceção do cheque de  R$ 5,5 mil que foi descontado na boca do caixa, todos os outros foram depositados, segundo a polícia, em contas correntes de pessoas ligadas a José Rainha Júnior, que é apontado pelo Ministério Público Federal como mentor do esquema.

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