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Política de Euclides da Cunha tem novo capítulo após "troca-troca"

ROGÉRIO MATIVE

Em 15/06/2015 às 18:53

Em menos de três anos, a população de Euclides da Cunha Paulista, região do Pontal do Paranapanema, contará com um terceiro prefeito. Após a cassação do mandato de Camila Teodoro Nicácio de Lima (PR), e Sebastião Vicente de Lima (PDT), quem deve assumir a chefia do Executivo nas próximas horas é o vice da chapa derrotada nas urnas, Elias Tolovi Rosa (PT).

Nesta segunda-feira (15), o juízo da 330ª Zona Eleitoral de Teodoro Sampaio expediu ofício para a diplomação de Carlos Henrique de Mendonça Lopes (PTB) e Elias, que no início de 2013 comandaram a prefeitura por alguns dias. Eles foram afastados após Camila conseguir recurso revertendo sua situação na Justiça Eleitoral.

O que parecia ser um ponto final no impasse eleitoral na cidade, a nova diplomação gerou mais um capítulo. Alegando problemas particulares, Carlos Henrique irá renunciar ao cargo. Assim, assumirá o vice na chapa, que já foi vereador ao lado de Carlos Henrique, apoiados pelo ex-prefeito Ediberto Aparecido Zaupa na época.

Espera recurso

Com mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), a ex-prefeita Camila Nicácio entrou com embargos de declaração visando um novo exame. Os embargos foram protocolados na última quinta-feira (11).

Através do recurso, Camila Nicácio busca eliminar possível obscuridade ou dúvida presente no corpo da decisão impugnada.

A cassação

No início do mês, o TRE-SP manteve sentença do juízo da 330ª Zona Eleitoral de Teodoro Sampaio, que cassou o diploma da prefeita e de seu vice por fraude eleitoral no pleito de 2012.

A cassação, confirmada pela maioria dos magistrados, ocorreu porque a então candidata Maria de Lurdes Teodoro dos Santos Lima (PMDB), considerada inelegível pela Lei da Ficha Limpa - condenada por improbidade administrativa -, renunciou na véspera do 1º turno das eleições de 2012, sendo substituída pela filha Camila, conforme informou o Portal.

Pela decisão, a substituição configurou fraude eleitoral induzindo os eleitores a erro, pois não houve tempo hábil para informar a população sobre a nova candidata. Com as urnas já lacradas, o candidato substituído concorre com a foto e o número do candidato anterior.

Em outubro de 2012, o Tribunal havia indeferido o registro de candidatura de Camila pelo mesmo motivo, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deliberou pela validade da substituição e confirmou sua candidatura.

Camila e Lima foram eleitos em 2012 com 2.393 votos válidos. Exatos 186 votos de diferença do segundo colocado, Carlos Henrique de Mendonça Lopes (PTB), com 2.207 votos.

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