Câmara-PP classifica Café como político contundente

Desde as primeiras horas desta terça-feira (15), o corpo do vereador José Carlos Roberto (Café, PT) é velado no Plenário “Dr. Francisco Lopes Gonçalves Correia”, na Câmara Municipal de Presidente Prudente. Em nota, o Legislativo classificou o parlamentar como "político contundente" e destacou sua luta contra a desigualdade racial.

Café faleceu na noite dessa segunda-feira (14), após permanecer internado há cerca de dois meses. Ele lutava contra uma infecção contraída durante cirurgia para retirada de um tumor localizado entre o duodeno e pâncreas.

"Café era um político contundente. Com opinião e ideal formados, sem impor, mas que debatia suas ideias com os demais vereadores da Casa de Leis. Mas antes de ser vereador, lutou por ideais de uma das categorias mais importantes do país, a dos bancários. Presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), Café buscou por anos os diretos destes e de outros trabalhadores", diz a Câmara Municipal, através de sua assessoria de imprensa.

O Legislativo ressalta as falas do vereador nas tribunas pelos direitos das minorias. "O vereador Café, por muitas vezes frisou a importância de campanhas de conscientização pela igualdade racial no município de Presidente Prudente. Em uma de suas falas marcantes, comparava a desigualdade racial como em uma corrida, quando o homem branco, livre, recebeu o tiro da largada em 1500. Enquanto que para o homem negro ocorreu somente em 1888, com a Lei Áurea", frisa.

"São quase 400 anos de desigualdade, na qual o homem branco está na frente. E qualquer legislação que busque diminuir esta desigualdade, tem o meu apoio", defendia Café.

De acordo com a Câmara, Café deixou exemplo de "bom político". "Uma pena, diz a maioria das pessoas que recebe a notícia. Uma pena sim, pois a sociedade perde um grande cidadão; uma pena, pois a política prudentina, estadual, quiçá nacional, perde um político promissor, de visão e de grande futuro", pontua o texto.

"Mas o que é certo é que em quase três anos de mandato, deixou um exemplo de bom político, daquilo que cultivou durante anos de lutas e conquistas. O que é certo, é que aos 49 anos de idade, Café deixou, principalmente, um exemplo de bom pai, bom amigo e bom cidadão".