Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

JBS decide fechar unidade de Epitácio pela segunda vez

Frigorífico alega dificuldade financeira; 700 podem ser demitidos

ROGÉRIO MATIVE

Em 13/06/2016 às 15:40

Há duas semanas, a produção na unidade foi reduzida e a operação de desossa suspensa

(Foto: Arquivo/AI JBS)

Após cinco anos, Presidente Epitácio deve sofrer novamente acentuada queda na economia local. O impacto será ocasionado pela possível demissão de 700 funcionários da unidade frigorífica do Grupo JBS, reaberta em 2012. Nesta segunda-feira (13), a empresa anunciou o encerramento das atividades em cinco dias.

De acordo com a JBS, o funcionamento da unidade ficou inviável com o atual cenário econômico do país, além da alteração no sistema de tributação para o setor no Estado de São Paulo. No encontro com representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Presidente Prudente e Região, a empresa sustentou que estudou alternativas, porém, nenhuma era viável.

"Esta decisão é lamentável e prejudica não só os trabalhadores, mas traz preocupação para as famílias. De uma hora para outra, serão obrigados a tomar decisões profundas em sua qualidade de vida", comenta o presidente do sindicato, Roberto Moreira.

Há duas semanas, a produção na unidade foi reduzida e a operação de desossa suspensa. "Não ficaremos de braços cruzados, apenas observando tudo isso acontecer. Os trabalhadores não estão sozinhos. No que for de nossa alçada vamos promover ações com o propósito de proteger os direitos dos trabalhadores", promete o sindicalista.

Com 700 funcionários na unidade, a JBS promete transferir aqueles que quiserem trabalhar em Mato Grosso do Sul. Os demais serão demitidos.
 
De novo

Em 2011, a JBS demitiu 900 trabalhadores e fechou a unidade epitaciana. A medida rendeu indenização por danos morais de R$ 240 mil após ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

No ano seguinte, movimento político, sindical e judiciário culminou na reativação da unidade frigorífica. O ato ocorreu após aprovação de decreto, de autoria do Estado, que aumentou de 3% para 4% a devolução de créditos de ICMS do valor de produtos do setor oriundos de outros Estados.

O Estado de São Paulo é o maior exportador de carne bovina, com plantel de 11 milhões de cabeças.

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