Thiago Ferri
Em 06/12/2010 às 16:14
O advogado prudentino Fabrício Pereira de Melo entrou com uma representação no Ministério Público Eleitoral pedindo a impugnação da candidatura a deputado federal de Léo Oliveira (PMDB), que é vereador em Ribeirão Preto e ficou como primeiro suplente do partido. Caso consiga anular o registro do político, o maior beneficiado com isso seria o também prudentino Paulo Lima (PMDB), que nas eleições deste ano ficou como segundo suplente e passaria, então, ao substituto imediato da coligação na Câmara dos Deputados.
O Portal contatou o advogado, que confirmou ter impetrado a representação junto ao MPE, mas não quis falar sobre o assunto nem informar se foi a pedido de Paulo Lima. “Fiz a representação como um cidadão que sou, mas não quero falar sobre isso porque está polemizando muito. Não quero falar. Se eu te disser se é ou não é [a pedido de Lima], estaria adiantando alguma coisa que ainda cabe ao Ministério Público analisar. Vamos deixar para eles essa questão”, diz.
O motivo da representação de Melo seria que Léo Oliveira teria recebido doações ilegais das empresas CGR Guatapará e Geo Vision, ambas do grupo Leão & Leão, que atua no setor de infraestrutura. O advogado alega que as empresas seriam concessionárias de serviço público e, por isso, não poderiam ter feito a doação.
Entretanto, conforme divulgou o jornal Gazeta de Ribeirão, por meio de nota as empresas negam tal condição. “Nem a Geo Vision nem o CGR Guataporá são concessionárias ou permissionárias de serviços públicos. Portanto, podem, diferente do que alega o advogado, fazer doações para campanha eleitorais.”
Ainda segundo o jornal, para o vereador e primeiro suplente a deputado federal Léo Oliveira, a intenção da ação é favorecer Paulo Lima. “Não sei o motivo da representação, mas o segundo suplente é prudentino”, afirma.
Nas eleições deste ano, o PMDB conseguiu fazer apenas um deputado federal, Edinho Araújo, que recebeu 100.195 votos. Léo Oliveira obteve 87.615 e ficou como primeiro suplente. Paulo Lima, com 81.483 votos, é o segundo suplente. A reportagem não conseguiu falar com Lima via telefone.
