Segunda-feira 1 de maio de 2018 | Presidente Prudente/SP

Ar-condicionado pode dobrar conta de energia

Paulo Fernandes

Em 27/02/2010 às 11:42

No verão, o uso frequente do ar-condicionado pode dobrar o consumo e a conta de energia residencial, segundo cálculos feitos por especialistas da Caiuá distribuidora de energia. O economista Wilson de Luces Forte Machado orienta as pessoas a levarem em consideração o consumo do produto no ato da compra, para que não tenha prejuízos futuros no orçamento familiar.

Em simulação, uma família com quatro pessoas adultas consome em média 180 kWh por mês, o que daria uma conta de energia de R$ 64, incluindo os impostos. Se ela utilizasse um ar-condicionado de aproximadamente 880 watts, correspondente a 7.500 BTU, ligado 8 horas por dia durante um mês, seu consumo de energia saltaria para 328 kWh. Neste caso, o valor da conta subiria para R$ 135,38, também incluindo impostos, ou seja, mais que dobraria.

Se o mesmo ar fosse utilizado apenas por uma semana, ao invés de um mês, pela mesma quantidade de horas, o consumo cairia para 35 kWh, totalizando 215 kWh. O valor da conta de energia seria R$ 89,42.

Ainda em simulação, caso a mesma família substitua o ar-condicionado por um ventilador, com potência média de 150 watts, ligado também oito horas por dia, em um mês o consumo da casa subiria dos 180 kWh para 216 kWh, com a conta passando de R$ 64 para R$ 89,82.

Já o ventilador ligado oito horas por dia, mas apenas por uma semana, consumiria 9 kWh. Se somado com o consumo médio da família, totalizaria 189 kWh. Neste caso o valor da conta de energia seria R$ 66,39.

Conforme o economista Wilson de Luces Forte Machado, situações como esta são frequentes e, na maioria das vezes, acabam prejudicando o orçamento familiar, pois o consumidor não observa o consumo de energia do aparelho.

Ele diz que existem dois casos para análise: o consumidor que compra o aparelho à prestação, que pode acumular as parcelas com o aumento da conta, e o que compra à vista, que acaba adquirindo o mais barato, que são os que mais consomem.

“É necessário que o consumidor que for comprar o aparelho em prestações saiba o quanto ele consome para que possa prever o quanto sua conta de energia vai aumentar. O que acontece é que sem este cálculo o consumidor se assusta com o valor elevado da conta e, além de pagar o consumo, ainda terá que arcar com as prestações do aparelho. Situação que pode gerar a inadimplência. Para quem compra à vista visando desconto, a atenção tem que ser redobrada, pois na maioria das vezes os produtos mais baratos são os que mais consomem energia”, afirma o economista.

De acordo com ele, a dica é procurar alternativas para que o consumo seja menor e o calor também seja amenizado. “Como mostra a simulação, o ventilador é mais econômico, uma ótima alternativa. Mas já existem outros aparelhos, como umidificador, ventiladores portáteis, que têm baixo consumo e podem tirar a sensação térmica do calor. Acima de tudo, é necessário que o consumidor saiba o que está comprando, para que não venha sofrer com prejuízos no futuro em seu orçamento”, ressalta Machado.

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