Rubens Shirassu Jr.
Em 16/11/2010 às 10:02
Excelentíssimo Senhor Prefeito Milton Carlos de Mello,
Ao ler a matéria “Juiz manda menores pintar sanitários em Presidente Prudente”, publicada recentemente pela imprensa, fica a sensação insegura de que falta uma atitude prática e que assegure a credibilidade da Prefeitura local diante da população em geral e visitantes. Mesmo os dois adolescentes, um de 14 e o outro de 16, cumprindo as penas socioeducativas, com certeza, a ação criminosa da pichação em espaços públicos vai continuar.
Conforme os números inseridos na matéria publicada pelo Portal do Ruas em 12/11 último, para limpar as pichações em prédios públicos, o município gasta entre R$ 50 mil e R$ 60 mil por mês, o que se somando gira em torno de R$ 600 a R$ 700 mil ao ano. Valores estes significativos originários dos impostos e encargos pagos pelos cidadãos, ambulantes cadastrados, profissionais autônomos, empresários, industriais entre outros.
Por isso, na condição de contribuinte e cidadão, venho a sugerir ao Excelentíssimo Senhor Prefeito Milton Carlos de Mello, mais conhecido como “Tupã”, que estude com os secretários a possibilidade de abrir uma licitação para a contratação de uma empresa de segurança que possa zelar pelas áreas e patrimônios públicos (praças, academias da Terceira Idade, playgrounds e monumentos).
Este trabalho deve contar também com o apoio da Polícia Militar que deve autuar estes indivíduos e encaminhá-los à Delegacia. Independente de raça, cor, credo e condição social, que se faça valer o princípio verdadeiro de igualdade da Justiça, pelo que descrevem a Constituição Federal e os Códigos Penal e Civil.
A falta de uma ação em conjunto, medidas preventivas e de segurança, deixa-nos expostos, podemos ilustrar tal raciocínio mostrando o caso do Parque do Povo, uma área que necessita ser melhor fiscalizada, pois, ao recebermos visitas, sejam parentes e amigos, no período de festas, Natal e Ano Novo, apresentamo-lo como o cartão de visita, pois aquele local tornou-se uma referência regional pelo grande volume do verde e espaço arejado, para as conversas descontraídas, ao passeio ciclístico, à leitura tranquila, ao namoro dos casais e, também, à prática de esportes saudáveis como a caminhada (o cooper), o aeromodelismo ao lado das pipas no verão, além da pioneira rampa de skate do público adolescente radical.
Pelo clima quente e seco da estação, uma criança sentirá sede e vai querer tomar um suco ou degustar algum alimento. Uma mulher grávida sentirá vontade de ir ao banheiro diversas vezes em decorrência do estado, não encontrando o sanitário público nas devidas condições de uso e higiene. Uma situação constrangedora e absurda para a imagem de Presidente Prudente, tanto para a sua população quanto aos turistas, o nosso “point”, a comentada “praia do prudentino” em pleno século 21 assim maltratada.
Em contraste, a predominância de tipos marginais e vândalos circulando, e “trombadões” investindo de forma atrevida em cima dos transeuntes e, expressando uma violência seja verbal ou gestual. A frequência na área de tipos como estes depõe contra todo o espaço descaracterizando, consequentemente, o local ficará estigmatizado, isolado e no abandono. Um quadro de alerta e cruel.
Existe uma construção muito bonita e atrativa que expõe a produção de trabalhos artesanais produzidos na cidade, dentro de um projeto que lembra a arquitetura tradicional de Santa Catarina. Um local que necessita de um trabalho de sustentação de imagem, que favoreça o comércio daqueles produtos, desde que a Administração implante um sistema de segurança pública organizado e atuante.
Pelo que comentamos neste rápido perfil, Prefeito Tupã, sabemos que os problemas locais importantes são de natureza social e econômica, mas vemos na expressão da falta de cultura, educação, dependendo do caso, a necessidade acentuada de autoafirmação entre o grupo, no caso específico dos pichadores e destruidores de obras públicas. Senti em seus depoimentos na imprensa em geral, Senhor Prefeito, um forte desejo em ver Presidente Prudente crescer em todos os sentidos, estudando com secretários, economistas e empresários a criação de alternativas que aprimorem a paisagem urbanística, oferecendo um melhor acesso, tentando evitar o inchaço da área urbana junto ao congestionamento de veículos, promovendo parques e outros pontos como chamariz ao turismo regional, desenvolvendo campanhas de saúde e longevidade, além da harmonia em todos os aspectos. Um trabalho árduo e de fôlego e transpiração, percebe-se.
Estas ações favorecerão o comércio, a indústria e a hotelaria local, aumentando o giro de moeda circulante, assim otimizando a arrecadação dos tributos, propiciando a geração de empregos e melhorias públicas.
Contando com a sua atenção, compreensão e acolhida, no mais,
Rubens Shirassu Jr.