Agência Brasil
Em 18/11/2010 às 08:51
A regularização dos bingos foi um dos temas que movimentaram a reunião do Conselho Político nessa quarta-feira (17) no Palácio do Planalto. Alguns líderes partidários defenderam que o governo libere a atividade para arrecadar mais impostos e gerar empregos.
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, disse que os R$ 7 bilhões que serão arrecadados com os bingos poderiam ser destinados ao salário mínimo ou ao piso salarial dos bombeiros e policiais de todo o País – para os quais o governo alega que faltam recursos.
“Na Argentina tem 70 mil pessoas que trabalham em bingo, tem todo um sistema de controle para isso e a gente vê [aqui] uma resistência de parte do governo para aprovar o bingo. É uma solução inclusive para arrumar recurso”, afirmou Paulinho.
O deputado Sandro Mabel (GO), líder do PR, também pediu a regulamentação dos bingos. Na opinião dele, o dinheiro poderia ser destinado à Saúde. “Bingo não é tributado, é clandestino, quem ganha com bingo são aqueles que dão proteção ao funcionamento clandestino do bingo. Acho que tínhamos que pegar essa receita e colocar inteirinha destinada à saúde, sem carga tributária extra. São R$ 7 bilhões, quase uma CSS [Contribuição Social para a Saúde] sem regulamentar a CSS”, afirmou o deputado.
A CSS é um novo imposto que o governo discute criar com o Congresso Nacional. A contribuição substituiria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que foi extinta em 2007.
Mabel falou ainda sobre a possibilidade de a presidenta Dilma Rousseff fazer a reforma tributária no seu primeiro ano de governo. Segundo ele, já existe um projeto para a reforma na Câmara. “Ela é uma boa reforma para o país. Podíamos reunir os líderes e dar uma estudada em cima disso. Acho que com seis ou oito meses nós podemos aprovar uma reforma tributária que vai direto ao plenário”.
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